Durante a reunião do conselho da cidade para discutir o orçamento de 2019, a GroenLinks - Esquerda Verde - apresentou uma moção para remover os sinais de "I amsterdam" e impedir que o marketing da cidade usasse o sinal.

Esta moção foi apresentada no mesmo dia em que o conselho de turismo apresentou um novo estudo que mostra que o turismo está a crescer mais rápido do que o esperado. Nos próximos anos, o número de turistas na Holanda deverá aumentar em 50%, de cerca de 40 milhões em 2017 para 60 milhões em 2030. O município de Amsterdão espera 23 milhões de turistas em 2025.

De acordo com o presidente da GroenLinks, Femke Roosma, o slogan representa o individualismo, enquanto a cidade deveria estar realmente concentrada na solidariedade. Além disso, Roosma diz que “o slogan reduz a cidade a um pano de fundo para um jogo de marketing”.

A campanha "I amsterdam" foi lançada sob a liderança do ex-vereador Frits Huffnagel (VVD) em 2004. Naquela época, Amsterdão estava a cair em vários rankings - como um lugar para viver, um local de negócios e um destino turístico. Huffnagel acha que remover as letras é má ideia. "Os moradores estão felizes com elas. É uma ilusão pensar que com a demolição das letras, menos turistas vão chegar à cidade", disse a Het Parool. Roosma reconhece que tirar o cartaz não vai deter o aumento do número de turistas, mas a "sua proposta é sobre a alma de Amsterdão".

A maioria dos eleitores holandeses é contra o plano de retirar as letras de Amsterdão da capital. Segundo uma pesquisa de Maurice de Hond, 69% de todos os eleitores holandeses e 66% dos eleitores de Amsterdão acham que retirar as letras, localizadas na Museumplein e em Schiphol, entre outras, é uma má ideia.

Uma petição foi lançada para manter as letras e já foi assinada mais de 5600 vezes desde que foi lançada, na sexta-feira. Os defensores da presença da placa dizem que "I amsterdam" representa a "conexão entre pessoas de qualquer origem, religião e orientação sexual. Significa: eu estou aqui. Estou autorizado a estar aqui. E juntos somos Amsterdão".