Pode não contar com as décadas de história do primeiro La Fiorentina, que nasceu em 1957, mas já começa a escrever a sua a partir da cozinha. "Entrámos [em Lisboa] a apostar na qualidade da comida e com o conceito do La Fiorentina, que vai ser adaptado, obviamente, para o público lisboeta e para o turismo que existe aqui", explica ao SAPO Viagens um dos responsáveis pelo projeto, o Bernard Barzi.
Talvez parte das celebridades ainda vivas que passaram pela casa mãe nunca se venham a sentar na filial – muito devido à distância –, contudo, as paredes pintadas com fotografias a preto e branco de personalidades portuguesas e brasileiras aproximam-nos do seu ambiente tanto boémio como alegre e permitem-nos imaginar ou recordar como seria estarmos sentados numa das mesas da Fiorentina carioca numa noite de tertúlia.
A história da segunda casa da Fiorentina ganha novos capítulos também à medida que rostos conhecidos visitam o espaço que fica em frente ao Miradouro de São Pedro de Alcântara. Numa das colunas, que ajuda a sustentar a estrutura do restaurante, rostos conhecidos deixam a sua assinatura.
Em Lisboa, a La Fiorentina abriu portas em maio e, sobre os primeiros três meses, Bernard faz um balanço positivo. "Praticamente todas as avaliações foram muito positivas", partilha. "As pessoas entram, voltam, gostam".
Os clássicos de Itália que confortam a alma (e o estômago)
Comida clássica de conforto é a designação que melhor assenta no conceito do Fiorentina lisboeta, onde ingredientes de máxima qualidade dão o tiro de partida para o trabalho desenvolvido por Armando Capocci.
"Digo sempre: aqui não há nada congelado", comenta Bernard Barzi. "É tudo feito por nós", completa. "Eu sou italiano, o nosso chef [Capocci] também, então, trazemos esse conhecimento", conclui. "Hoje, há muita concorrência em Lisboa, não fazia sentido entrar com uma oferta que não está ao nível".
Aliado à qualidade dos ingredientes, encontra-se o serviço. "É essencial e muito importante para uma experiência completa", considera o responsável. "Há uma pessoa que te acompanha, que te atende com um sorriso e que te deixa confortável. A ideia é essa: criar um ambiente onde comes bem com amigos, namorado/a ou família, ficas feliz ao ser atendido e sais com um sorriso e com vontade de voltar".
Quanto ao menu, divide-se em seis seções: Coperto; Antipasti; Primi Piatti; Pizzetina Fritta, Secondi Plati e, claro, fecha com os Dolci. Nas propostas podemos encontrar os clássicos incontornáveis da cozinha italiana como o Spaghetti alla carbonara (€16); Risotto al Funghi Porcini (€22) ou um Lasagna do Carne (€16), mas também os pratos que marcam pela diferença, como: a Massa Paccheri com molho de lagostim, flor de abóbora e pistácio (€27); o Gnocchi com molho de abóbora e queijo Taleggio (€18), o Risotto com Gambas do Algarve (€24), o Bacalhau Estufado com molho de tomate, batata e azeitona (€24), entre muitos outros.
Nas sobremesas, não falta o Tiramisu (€7), mas há ainda Panna Cotta com morangos e manjericão (€6), A Torta Caprese e Creme (€8), entre outros.
O que nos chega à mesa é resultado de um trabalho de equipa. De acordo com Bernard, todos participam naquilo que é o "produto final", incluindo o próprio, uma vez que tem um "background muito grande em culinária" que lhe permite acompanhar o chef, que mal conheceu sentiu "uma ligação" que está a funcionar.
Bernard Barzi nasceu em Itália, mas já viveu em Inglaterra, Estados Unidos e Brasil, onde se encontrava antes de se mudar para Portugal devido à abertura do restaurante. "Vim com a ideia de abrir o Fiorentina e tive sorte de encontrar este sítio. Demorei três meses para encontrar este lugar, mas encontrei. Foi sorte", admite. "É muito difícil encontrar um espaço com este tamanho nesta área".
Para além do restaurante, o La Fiorentina, situado numa das zonas mais badaladas da noite lisboeta, conta com um bar no piso inferior e, para já, é um work in progress. É essa a filosofia do espaço, crescer passo a passo e sempre com um olhar aberto.
"Estamos nas primeiras fases. A criança começa a andar devagarinho até evoluir, não é?", explica o responsável ao SAPO Viagens. "Então, vamo-nos adaptando conforme a procura e melhorando no que podemos. Aqui é trabalhar para ser melhor cada dia".
Tal como o restaurante original, o La Fiorentina em Lisboa quer trabalhar com a área do teatro através de parcerias que façam com que atores e outros artistas tornem o restaurante a sua segunda casa. No futuro, Bernard espera ver no espaço atores e espetadores a fazerem refeições e a conviverem. "Temos de nos focar na parte do ambiente. Um ambiente alegre só existe quando há várias pessoas", comenta.
Sobre o público-alvo, não se deixe intimidar. Dada a localização, o responsável tem consciência de que o La Fiorentina pode ser visto como um restaurante para turistas, por isso, reforça: "criámos este espaço para Lisboa, para os lisboetas, brasileiros e, claro, também para os turistas".
O La Fiorentina fica na rua de São Pedro De Alcântara, na porta 65, e funciona todos os dias das 12h às 15h30 e das 19h à 0h00.
O SAPO Viagens visitou o espaço a convite do restaurante
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