O mapa de descoberta da Rota da Dieta Mediterrânica entra em vigor esta semana e estende-se até 3 de julho, data a partir da qual estará disponível o passaporte, até ao final do ano. Ambos oferecerão descontos em atividades, restaurantes, lojas e serviços culturais, entre outros.
Segundo Artur Gregório, da associação In Loco, estes dois instrumentos ajudarão a transformar "cada empresa num utilizador sustentado dos recursos da dieta mediterrânica", existindo 125 recursos integrados na rede, na sua maioria empresas, mas também museus e monumentos nacionais, por exemplo.
De acordo com Artur Gregório, este projeto é um ensaio que visa "mostrar aos empresários que é importante apostar em gamas de produtos e serviços ligados à dieta mediterrânica", estimulando o aumento da procura por parte dos consumidores.
Segundo Desidério Silva, presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA), a rota da dieta mediterrânica é um projeto que encaixa no reposicionamento do turismo algarvio durante a época baixa, entre outubro e maio.
"A RTA tem procurado encaixar a dieta mediterrânica e tudo o que é a sua filosofia como uma das nossas vantagens maiores na promoção e divulgação, é daqueles selos transversais a toda a região e a todas as épocas do ano", afirmou.
De acordo com Nelson Dias, da associação In loco, o projeto "faz todo o sentido, porque resulta na materialização da sinalização de um conjunto de recursos que existem na região e que completam o conceito da dieta mediterrânica". Este, sublinhou, vai "muito além" da vertente alimentar.
Contudo, o responsável alertou para a necessidade de encontrar financiamento adicional para dinamizar este percurso, já que as rotas "não podem ser apenas criadas" e depois divulgadas através de "folhetos, internet e informações dispersas".
Segundo Artur Gregório, a campanha de comunicação hoje apresentada está a ser "autofinanciada" e suportada sobretudo por empresários, embora grande parte do trabalho envolvido seja de voluntários.
"O objetivo era criar ferramentas que permitissem aos visitantes orientar a sua descoberta dos recursos da dieta mediterrânica", divididos em cinco subprodutos: património, produtos, atividades, artesanato e restaurantes.
Em dezembro de 2013, a dieta mediterrânica foi classificada como Património Mundial e Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
Portugal tem Tavira como a sua comunidade representativa, que assegurou o processo técnico de preparação, mas a candidatura é transnacional e subscrita por sete Estados com culturas mediterrânicas.
Comentários