É impossível falar do Mar Morto sem lhe atribuir de imediato o adjetivo “incrível”. Pois é, este é um dos locais mais inusitados do planeta Terra, em particular, do Médio Oriente.

É um destino obrigatório para quem visita a Jordânia. Se, tal como nós, tem muita curiosidade em banhar-se no Mar Morto, sugerimos que leia o artigo até ao final, que conta com muitas dicas para que a sua experiência seja o mais agradável possível.

O que é o Mar Morto?

Apesar do nome, o Mar Morto não é um mar, mas sim um lago. Este é o local mais baixo do mundo, ficando a 400 metros abaixo do nível do mar. O Mar Morto tem este nome devido à grande quantidade de sal que possui, o que torna a água inabitável para qualquer tipo de ser vivo. A concentração de sal é tão elevada, que pode atingir valores 10 vezes mais altos do que os oceanos. É devido a estas propriedades de salinidade que permite a qualquer pessoa boiar naturalmente.

O Mar Morto detém dois recordes fascinantes: possui a maior altitude negativa do mundo, está a cerca de 400 metros abaixo do nível do mar, e a concentração de salinidade da sua água é a mais alta do planeta, pelo que é desprovido de qualquer tipo de vida.

Onde se localiza o Mar Morto

O Mar Morto fica na fronteira entre Israel e a Jordânia. Possui 82 km de comprimento e 15 km de largura, e pode ser visitado nos dois países.

Melhor época para visitar o Mar Morto

O Mar Morto é uma região conhecida pelo clima desértico. Assim sendo, deve-se evitar os meses de temperatura mais extrema, ou seja no verão (de junho a setembro). O calor e o sol escaldante nestes meses são praticamente impossíveis de aguentar. O inverno também é uma época não muito convidativa. Como tal, a melhor época para visitar o Mar Morto são os meses da primavera e outono (março, abril, maio, outubro e novembro). As temperaturas são suportáveis e a temperatura da água também está agradável para se banhar.

Nós visitámos em novembro e as condições estavam perfeitas. Não estava um calor absurdo e a água estava maravilhosa. Ficámos até ao pôr-do-sol e foi um dos momentos altos da viagem.

Mar Morto
Mar Morto Mar Morto créditos: Viver o Mundo

Quantos dias

Para visitar apenas o Mar Morto seria necessário um dia ou meio dia. No entanto, se quiser conhecer as redondezas, inclusive o Wadi Mujib, recomendamos a pernoitar uma noite naquela zona e seguir viagem no dia seguinte. Foi isso mesmo que fizemos, pode ver aqui o nosso roteiro.

Como visitar o Mar Morto

Existem várias formas de visitar o Mar Morto, na Jordânia: de forma gratuita e paga. Se pretender ter todo o conforto e comodidade, a opção mais fácil é recorrer às praias privadas dos hotéis. Por outro lado, se pretende visitar de forma autónoma, saiba que também existem praias públicas.

Uma das diferenças das praias públicas para as privadas, é o facto de nas privadas ser possível tomar um banho de lama que dizem ter propriedades terapêuticas. Assim sendo, basta escolher a melhor opção que se adequa a si.

Mar Morto
Mar Morto Mar Morto créditos: Viver o Mundo

Praias Privadas

É possível aproveitar o Mar Morto, nas praias privadas, de duas formas: ao hospedar-se num dos hotéis que dá acesso ao Mar Morto ou pagando uma taxa por dia para utilizar as facilidades dos resorts, como chuveiros e restaurantes.

Assim sendo, se pretender ficar alojado naquela zona, o melhor é ficar hospedado num resort que lhe dará todas as comodidades para flutuar no Mar Morto. Eis alguns hotéis que recomendamos: Crowne Plaza Resort & Spa, Holiday Inn Resort, Hilton Resort & Spa, Mövenpick Resort & Spa, Kempinski Hotel Ishtar, O Beach Hotel & Resort e Dead Sea Marriott Resort & Spa.

Praias Públicas

Provavelmente vão dizer-lhe que não, mas é possível visitar o Mar Morto de forma gratuita. Basta colocar no Google Maps “Salt Beach” ou “Free beach on dead sea”. Estacione o carro em local apropriado e desça (com cuidado) até ao Mar Morto.

Foi isto que fizemos, mas acreditamos que nem toda a gente se sinta à vontade para o fazer, daí termos colocado todas as opções para escolher a que melhor se adequa ao seu estilo de viagem.

Nós ficámos na Salt Beach, um local lindo com água bem cristalina! O local tem um pequeno bar e umas tendas para trocar de roupa. Além disso tem ainda uns chuveiros para tomar banho de água doce (mediante um custo). Nós tínhamos comprado um pack de águas num supermercado e serviu perfeitamente para o efeito.

Cuidados a ter

  • Não mergulhar os olhos, lábios, cabelos e cabeça. Enxaguar imediatamente com água doce, se necessário.
  • Retirar as joias.
  • Não entrar na água com cortes recentes no corpo, ou se acabou de fazer a barba, por exemplo.
  • Deixe-se cair para trás. O seu corpo vai flutuar “magicamente”.
  • Não fique na água por mais de 15-20 minutos de cada vez. Tome banho de água doce imediatamente.
  • Utilize uns sapatos aquáticos.

O que levar

Como visitar o Mar Morto não é igual a visitar uma outra praia qualquer, deixamos uma lista de itens para colocar na mochila:

  • Toalha, chinelos e roupa de banho.
  • Óculos de sol.
  • Bastante água para se hidratar.
  • Sapatos aquáticos.
  • Máquina fotográfica/ telemóvel.

A nossa experiência no Mar Morto

Como já referimos em cima, nós optámos por visitar o Mar Morto de forma gratuita, nas praias públicas. Assim sendo, colocámos no Google Maps “Salt Beach” e lá fomos nós. Estacionámos o carro à beira da estrada, em segurança, e descemos até lá.

Calçámos os sapatos aquáticos, pois o sal pode fazer golpes nos pés e confere uma maior segurança. De seguida entrámos na água, que estava a uma temperatura maravilhosa. Bastou levantar os pés e deixámo-nos cair para trás. Como por magia, o nosso corpo flutua sem qualquer esforço.

A experiência é mesmo muito engraçada. Nós já conhecíamos esta sensação, pois tínhamos estado nas Salinas da Ilha do Sal, em Cabo Verde. Ainda assim, no Mar Morto é diferente. Não só pela experiência, mas também pela paisagem brutal.

Decidimos ficar até ao pôr-do-sol, que nos presenteou com umas cores maravilhosas. Não podíamos pedir mais…

Mar Morto
Mar Morto Pôr-do-sol no Mar Morto créditos: Viver o Mundo

Artigo originalmente publicado no blogue Viver o Mundo

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