Budapeste é uma cidade muito interessante e tem bastante para visitar. Para uma primeira visita à cidade, sugiro que reservem três dias para conhecer Budapeste.
A capital da Hungria é conhecida pelos seus invernos rigorosos, sendo até habitual nevar. Por isso, sugiro evitar os meses mais frio, como é o caso de novembro a fevereiro. Coincidência ou não, ambas as minhas visitas ocorreram em março. Nessa altura, as temperaturas ainda estavam bastante baixas, mas já suficientemente quentes para tornar a visita mais agradável.
No entanto, se têm mais dias disponíveis, não se preocupem, pois há muito com que preencher esses dias adicionais. Aliás, podem até aproveitar para uma viagem de um dia a dois locais relativamente perto de Budapeste – Visegrád e Szentendre.
Como chegar do aeroporto de Budapeste ao centro da cidade?
A forma mais em conta de fazer a viagem de/para o aeroporto de Budapeste Ferenc Liszt é mesmo através de autocarro, sendo que existem algumas opções:
- Autocarro 100E: muito frequente e direto, com paragem em alguns pontos centrais na cidade (Kálvin tér M, Astoria M e Deák Ferenc tér M). O bilhete custa 1500 HUF (~3,7€) e é um bilhete especial (i.e. diferente dos restantes bilhetes para transportes na cidade). A viagem dura cerca de 40 minutos.
- Autocarro 200E: autocarro apenas viaja até à estação de Kőbánya-Kispest M, onde depois é possível trocar para outro autocarro ou metro para outros pontos na cidade. Neste autocarro já é possível utilizar os passes e bilhetes normais dos transportes públicos em Budapeste, ficando mais barato.
É necessário passe de transportes públicos em Budapeste?
Uma vez que os pontos de interesse de Budapeste, por vezes, distam um pouco uns dos outros, pode fazer sentido comprar um passe com algumas viagens de transportes públicos.
Para quem não planeia muito recorrer aos transportes públicos, pode optar por comprar um conjunto de 10 viagens, que custa 3000 HUF (7,45€). Esta opção acaba por compensar a comprar viagens individuais (350 HUF).
Existe uma App – BudapestGO – que permite a compra dos bilhetes individuais, passes de vários dias, bem como do autocarro shuttle para o aeroporto diretamente na App.
O que visitar em Budapeste: Dia 1
Praça dos Heróis
A Praça dos Heróis é um dos locais mais emblemáticos da cidade e que têm mesmo de visitar em Budapeste! É uma das praças mais importantes da cidade e Património Mundial da UNESCO.
Ao seu centro podemos encontrar o Memorial do Milénio, que homenageia importantes líderes nacionais. Esta praça já foi palco de momentos importantes na história do país.
É também nesta praça que podem encontrar o Museu de Belas Artes e o Palácio da Arte (Műcsarnok).
Parque da Cidade
Mesmo ao pé da Praça dos Heróis, podemos encontrar um dos espaços verdes mais importantes da cidade – o Parque da Cidade (Városliget). O parque é muito agradável e merece um passeio bem calminho, a explorar toda a sua beleza natural, bem como a imponência dos seus edifícios.
Existem vários monumentos que podem visitar no interior do parque, tais como:
- Museu da Agricultura Húngara
- Subir às torres do Castelo Vajdahunyad
- Museu dos Transportes
- Zoo de Budapeste
É também no Parque da Cidade que está localizada uma das atividades mais incríveis de Budapeste – as termas de Széchenyi. Apesar de bastante turística e um pouco cara, esta é sem dúvida uma das melhores experiências em Budapeste.
Na minha opinião, esta visita vale a pena especialmente nos meses mais frios. Budapeste tem várias termas espalhadas pela cidade, mas estas são as mais procuradas pelos turistas.
Alternativamente, podem optar pelos banhos termais de Géllert, situados na outra margem do rio (Buda). Esta é a segunda opção mais popular na cidade para este tipo de experiência.
Tendo experimentado os dois, sou da opinião que, apesar de preferir a parte exterior de Széchenyi, prefiro a parte interior de Géllert uma vez que os interiores são muito mais trabalhados e por si só bastante bonitos. Os preços são bastante semelhantes.
Bar das Ruínas – Szimpla Kert
E depois de um momento relaxado nas termas, sugiro uma passagem por um dos sítios mais caricatos de Budapeste – bar de ruínas. Existem alguns bares deste género na cidade, i.e. bares localizados no interior de edifícios negligenciados do pré-Guerra.
No entanto, recomendo que visitem o mais conhecido destes bares – Szimpla Kert. É difícil explicar o conceito, mas tentem imaginar todos e mais alguns objetos e várias salas decoradas da forma mais aleatória com todos esses objetos.
Dia 2
Grande Sinagoga de Budapeste
Localizada na rua Dohány, esta sinagoga construída no século XIX é a maior da Europa. No seu interior cabem mais de 3 mil pessoas. Aqui também podem encontrar o Museu do Judaísmo Húngaro.
Praça Deák Ferenc
A praça Deák Ferenc é uma das principais praças a nível de transportes públicos da cidade. Para além do metro subterrâneo que aqui passa, podem também encontrar os trams antigos de Budapeste – que dão excelentes oportunidades de fotografia!
Praça da Liberdade
Seguimos para a Praça da Liberdade onde podemos encontrar alguns edifícios de estilo Art Nouveau. Aqui podem também encontrar alguns monumentos que visam prestar homenagem à história do país e a quem lutou pela Hungria, tal como o Memorial das Vítimas da Ocupação Alemã.
Memorial Sapatos na Margem do Danúbio
Apenas existente desde 2005, o Memorial de Sapatos na Margem do Danúbio é um dos mais bonitos em Budapeste. Este memorial presta homenagem aos judeus assassinados durante a Segunda Guerra Mundial.
Os judeus eram obrigados a tirar os seus sapatos antes de serem mortos junto à margem do rio, para que depois o rio levasse os seus corpos. Apesar da triste imagem que se apodera na nossa mente assim que imaginamos tudo isto, memoriais com este são importantes para que nos lembremos que esta história nunca se deverá repetir. Este, é sem dúvida, um dos pontos obrigatórios a visitar em Budapeste.
Parlamento da Hungria
Mesmo ao lado, encontramos o Parlamento da Hungria – um dos maiores parlamentos do mundo. O Parlamento é arrebatador, tanto por dentro como por fora. E é por esse motivo que recomendo vivamente uma visita ao seu interior.
As visitas ao Parlamento por vezes esgotam, por isso o melhor é mesmo comprar os bilhetes online com alguma antecedência. Todas as visitas são guiadas, sendo necessário escolher a língua na qual pretendemos realizar a mesma.
Basílica de São Estevão
Com vistas espetaculares sobre a cidade, a Basílica de São Estevão é um dos pontos que não pode faltar na vossa lista de locais a visitar em Budapeste! Para além das vistas sobre a cidade, recomendo também que visitem o interior da Basílica.
Praça de Adam Clark e Ponte Széchenyi
Seguimos em direção a uma das pontes mais conhecidas da cidade – Ponte das Correntes ou Ponte Széchenyi. Esta é uma das várias pontes que liga Buda a Peste e foi construída por Adam Clark (daí o nome da praça logo a seguir à ponte, do lado de Buda).
Castelo de Buda
É a partir deste ponto do roteiro que vamos explorar o lado de Buda da cidade. Junto à praça de Adam Clark, podem encontrar o Funicular que nos leva até ao complexo do Castelo de Buda. Para além das incríveis vistas que conseguimos de Peste, há mais para visitar no Castelo de Buda.
O complexo do Castelo de Buda inclui dois dos museus mais relevantes de Budapeste: Museu de História de Budapeste e Galeria Nacional Húngara. Apesar de a visita a estes museus ser paga, a parte exterior do castelo pode ser visitada gratuitamente.
Palácio de Sándor
Mesmo perto do Castelo de Buda, podem também encontrar o Palácio de Sándor, que funciona como residência oficial do Presidente da Hungria desde 2003.
Fisherman’s Bastion
E o ponto seguinte neste itinerário é um dos mais mágicos de Budapeste e que não pode falhar na vossa lista do que visitar em Budapeste. O Fisherman’s Bastion foi construído entre 1895 e 1902 como celebração do milésimo aniversário do estado Húngaro.
É uma das atrações mais concorridas de Budapeste e facilmente se percebe o motivo. Para além do local ser bastante fotogénico, este é um dos miradouros mais soberbos sobre Peste. Recomendo a visita especialmente ao nascer ou pôr do sol ?.
Igreja de Matias
Mesmo ao lado do Fisherman’s Bastion, encontramos uma das igrejas mais famosas de Budapeste. A Igreja de Matias é uma igreja romana católica construída no século XIV e mais tarde reconstruída no final do século XIX.
Apesar de, na minha opinião, o exterior da igreja valer mais apenas do que o seu interior, recomendo mesmo assim uma visita ao interior da igreja.
Dia 3
Passeio de barco no Danúbio
O Danúbio é um dos rios mais conhecidos da Europa e, por isso, não podia perder a oportunidade para um passeio de barco para visitar Budapeste de outra perspetiva. A viagem custou 13,5€ e durou cerca de 70 minutos. No interior do barco, existem áudios guia que nos permitem aprender um pouco mais sobre a história de Budapeste.
Algumas das viagens, incluem a possibilidade de parar na ilha da Margarida, localizada no meio do Danúbio. Existem várias empresas a oferecer este serviço de barco, algumas delas até fazem o passeio de noite e incluem refeições:
Ilha da Margarida
A ilha da Margarida é uma ilha de pequena dimensão localizada no meio do Danúbio. É uma zona da cidade bem pacata, com bastantes espaços verdes.
Não existem muitas atrações na ilha, mas algumas das principais incluem a Torre da Água, os banhos termais Palatinus Strand, o Jardim Japonês ou as ruínas do Mosteiro Franciscano, ou do Convento Dominicano.
Citadella
Localizada na colina Gellért, a Citadella é o ponto mais alto da cidade, tendo sido construída em meados do século XIX. Dada a sua altitude, as vistas sobre Peste são de deixar qualquer um de queixo caído.
É verdade que a subida para lá chegar não é a mais fácil do mundo, mas garanto que as vistas finais (e também as existentes durante o caminho) valem cada segundo do esforço. No topo, poderão encontrar a Estátua da Liberdade, visível de muitos pontos da cidade.
Ponte Erzsébet
Ao descer da Citadella, parem para apreciar a Ponte Erzsébet (Elisabete). Esta pode ser um bocadinho mais moderna do que as restantes pontes da cidade, mas mesmo assim tem o seu encanto.
Ponte Szabadság
Está, então, na hora de regressar para o outro lado do rio (Peste) e sugiro que o façam por outra das icónicas pontes da cidade – Ponte Szabadság (Ponte da Liberdade).
A Mariana tem mais recomendações de restaurantes e alojamentos em Budapeste no seu blog, onde uma versão deste artigo foi publicada originalmente.
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