A informação consta de um despacho presidencial de 20 de outubro, ao qual a Lusa teve hoje acesso, que cria este grupo de trabalho "para aligeirar o sistema de atribuição de vistos para turismo", coordenado pelo ministro do Interior, Ângelo da Veiga Tavares, e que integra, entre outros, os diretores dos serviços de Inteligência Externa, de Inteligência e Segurança do Estado e de Migração e Estrangeiros.
A dificuldade e burocracia envolvendo a concessão de vistos para entrada em Angola, nomeadamente com turistas a necessitarem de documentos de chamada para poderem entrar no país, é uma das principais críticas de empresários e de responsáveis do setor, em específico.
Este despacho presidencial reconhece a "necessidade de melhorar e agilizar o sistema de atribuição de vistos de truísmo", para que os destinos turísticos angolanos "fiquem à disposição dos turistas nacionais e internacionais".
Admite também a "existência de alguns fatores que devem ser removidos para que os programas sejam concretizados", especialmente "no âmbito da captação de receitas, que é um dos objetivos do Plano Operativo do Turismo, como estratégia para saída da crise e diversificação da economia" angolana, face à quebra nas receitas do petróleo.
O grupo integra ainda, entre outros elementos, os ministros das Relações Exteriores e da Hotelaria e Turismo, e terá como atribuições a realização de "um estudo sobre o sistema de vistos de touros países que dominam o turismo" e "criar um sistema de concessão de vistos de turismo em Angola, que permita aligeirar o processo atual, com base na legislação em vigor".
O setor do Turismo em Angola empregava em 2015 cerca de 192.000 trabalhadores, representando então mais de 530 mil visitas anuais.
Numa estratégia de diversificação da economia, que continua dependente das exportações de petróleo, e das suas receitas, a meta do executivo angolano passa por atingir um milhão de trabalhadores e 4,7 milhões de turistas (acumulado) até 2020.
Angola conta atualmente com cerca de 180 unidades hoteleiras de várias dimensões, totalizando à volta de 8.000 camas, segundo dados do Governo.
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