Conhecer a Turquia é um sonho para muitas pessoas. Também era para nós, percebemos bem o sentimento. E agora podemos afirmar, a alto e bom som, que sim, é mesmo uma viagem de sonho.
Uma viagem à Turquia é garantia de intensas experiências e emoções, que ficarão para sempre gravadas na memória (e na alma!). A verdade é que a Turquia é um país arrebatador, cheio de história, de paisagens esmagadoras e pessoas calorosas.
Localização
A Turquia é um dos poucos países do mundo que abrange mais do que um continente. É, literalmente, onde a Europa se encontra com a Ásia, sendo que a maior parte localiza-se no continente asiático, e a menor na Europa.
O país é banhado por quatro mares: Mar Negro, Mar Mediterrâneo, Mar Egeu e Mar de Mármara. A Turquia faz ainda fronteira com oito países: Arménia, Azerbaijão, Bulgária, Geórgia, Grécia, Irão, Iraque e Síria.
A capital da Turquia não é Istambul (como muitos pensam), mas sim Ancara.
Como ir e burocracias
Viajar para a Turquia nunca foi tão fácil. Partindo de Portugal há voos diretos com a TAP e com a Turkish Airlines. Claro que, para conseguir voos mais económicos, pode sempre optar por fazer escalas noutros países. A nossa sugestão (foi o que fizemos) é procurar em motores de busca (momondo ou skyscanner, por exemplo) e colocar as datas aproximadas pretendidas. Daí cria alertas de preço. Quando conseguir um preço mais baixo irá receber no email e está então na hora de reservar os voos.
No nosso caso, viajámos pela Turkish Airlines de Lisboa a Istambul (e vice-versa).
Desde março de 2020 os cidadãos portugueses não precisam de visto para visitar a Turquia para estadias no país até 90 dias. Os cidadãos portugueses também poderão entrar na Turquia apenas munidos do Cartão de Cidadão válido e atualizado, sem necessidade de passaporte.
Restrições devido à COVID-19
Comprovativo de vacinação, desde que a última dose tenha sido administrada pelo menos nos últimos 14 dias anteriores à viagem.
Caso não esteja vacinado, deverá apresentar um teste PCR realizado nas 72 horas anteriores à viagem ou, em alternativa, teste rápido de antigénio (TRAg), realizado nas 48 horas anteriores à viagem.
Preencher, até 72 horas antes da realização da viagem, um formulário de inscrição electrónico, acessível em https://register.health.gov.tr/.
Como sabe, as restrições estão constantemente a mudar. Assim sendo, recomendamos antes de viajar para a Turquia, que se informe neste site: https://reopen.europa.eu/pt.
Melhor época para ir
O clima na Turquia é bastante semelhante ao da Europa, no geral. Assim sendo, os meses recomendados para visitar a Turquia são abril e maio e setembro e outubro. Nestas alturas as temperaturas são boas, os preços são mais em conta e evita as multidões. Nos meses de verão as temperaturas sobem muito, no entanto, se quiser aproveitar as praias da Riviera Turca é a melhor opção. Claro que tem as suas desvantagens: subida dos preços e as enormes filas que terá de enfrentar.
Nós viajámos em novembro e nunca choveu. De modo geral, as temperaturas estiveram sempre amenas.
Idioma
A língua oficial é o turco, que utiliza o alfabeto latino. Os turcos são muito simpáticos e esforçam-se para falar inglês, principalmente nas cidades mais turísticas. No entanto, não espere um inglês perfeito. É preciso prestar muita atenção para entender o que a maioria está a dizer.
Deixamos aqui algumas palavras em turco, para facilitar a comunicação:
- Merhaba – Olá
- Teşekkür ederim – Muito Obrigado
- Evet – Sim
- Hayır – Não
- Güle güle – Adeus
Dica preciosa: Pode ser um desafio encontrar alguém que fale ou leia em inglês. Como tal, leve sempre o endereço do hotel/outro local escrito em turco.
Cultura e Religião
A maioria da população da Turquia é muçulmana, enquanto que a restante é composta pela religião judaica e as várias comunidades cristãs. Assim sendo, vai ouvir a chamada para as orações emitida pelas mesquitas (ezan), que é ouvida por todos, em horários específicos. Se possível, evite visitar as mesquitas nesse período. Veja aqui quais são os horários.
Ao visitar as mesquitas é muito importante respeitar as suas regras. Para entrar em todas elas é necessário:
- Manter o silêncio.
- Estar com os ombros e joelhos cobertos (válido para homens e mulheres).
- Não pode mostrar o decote nem a barriga.
- Não pode utilizar legging, roupas transparentes ou justas.
- Tapar sempre o cabelo (válido apenas para as mulheres). Recomendamos que traga consigo um lenço na mala.
- É obrigatório tirar os sapatos.
Caso não esteja vestido adequadamente, os funcionários orientam e ajudam os turistas. Saiba ainda que à entrada de todas as mesquitas existem lenços e saiotes gratuitos, para que as pessoas se possam cobrir. No final da visita, tem de devolver no mesmo local.
Moeda e câmbio
A moeda na Turquia é a Lira Turca (₺), sendo que 1€ = 10₺, aproximadamente (valores de 2021). Apesar da Turquia não pertencer à União Europeia, também aceitam o Euro como forma de pagamento, principalmente em Istambul.
Nunca recorremos a casas de câmbio, mas saiba que existem várias espalhadas pelo país. Ao invés disso, utilizámos sempre o cartão Revolut, quer seja para levantar dinheiro ou para fazer pagamentos.
Antes de irmos, fomos informados que os bancos que não cobram taxas são o ING Bank e o HSBC Bank. Após algumas tentativas, apenas conseguimos levantar dinheiro sem taxas no HSBC Bank, que na verdade não existem muitos. A nossa recomendação, uma vez que isto está sempre a mudar, é que experimente nos vários bancos e que levante apenas no que não tiver taxas para o seu cartão ou que as taxas sejam reduzidas (aparece sempre no final).
Condições higiénicas e saúde
Não existe nenhuma vacina obrigatória para viajar para a Turquia. Ainda assim, é recomendável fazer a consulta do viajante antes de ir. Leve consigo uma pequena farmácia com medicamentos, protetor solar, repelente de insetos e desinfetante das mãos.
É ainda necessário termos alguns cuidados extra, por exemplo:
- Beber apenas água engarrafada.
- Evitar comer saladas, o que não é fácil pois servem saladas a todas as refeições.
- Preferir bebidas sem gelo.
- Escovar também os dentes com água engarrafada (olha para o que eu digo e não para o que eu faço).
- Lavar/desinfetar as mãos com frequência.
- Nas barraquinhas de rua, analisar se o local aparenta ter ou não condições de higiene.
As casas de banho, no geral, são limpas. Em praticamente todas as que fomos havia papel higiénico e autoclismo. Também é bastante comum (inclusive nos aeroportos) a sanita estar diretamente no chão, sem assento. Digamos que é um buraco no chão.
Segurança
A Turquia é um país seguro em termos de criminalidade e delinquência, mas devido aos recentes atos violentos há um risco elevado de ataques terroristas. Por esse motivo, os turistas são desaconselhados a viajar para as províncias que fazem fronteira com a Síria e com o Iraque, assim como o este/sudoeste da Turquia. Cientes disto, a maioria dos viajantes, tal como nós, não vão para essas zonas.
Nunca, em momento algum, nos sentimos inseguros. Bem pelo contrário! Os turcos sempre foram muito prestáveis e amigáveis connosco. Houve apenas umas situação em que não estávamos em risco, mas agimos de modo preventivo. Passamos a explicar: aquando a nossa estadia realizou-se a Maratona de Istambul. Ora, sabendo nós que iria estar muita gente presente, e mesmo estando as ruas cheias de polícias, nesse dia preferimos visitar outros pontos da cidade mais afastados. Simples assim!
Deixamos alguns cuidados a ter, a nível de segurança:
- Viajar sempre com seguro de saúde.
- Viajar com a mente aberta, mantendo sempre o respeito.
- Evitar as aglomerações e as manifestações.
- Andar sempre com os documentos.
- Consultar a página do Ministério dos Negócios Estrangeiros com regularidade para estar a par das últimas recomendações desta entidade.
- Nunca manifestar qualquer opinião comprometedora (inclusive através das redes sociais), especialmente ofendendo ou insultando a nação turca, o Chefe de Estado ou a bandeira, algo que pode ser punido com prisão.
- Chegar com mais antecedência aos aeroportos, uma vez que os controles de segurança se intensificaram.
Quantos dias ficar
A resposta a esta pergunta é muito injusta, porque a Turquia é um país maravilhoso e enorme. Portanto, depende muito dos locais que quer visitar, o seu ritmo de viagem, por aí…
A nossa viagem teve a duração de 12 dias e ficaríamos mais dois ou três, para fazer tudo com mais calma. O nosso roteiro foi o seguinte:
- Dia 1 – Viagem de Lisboa a Istambul e viagem de Istambul para a Capadócia (Goreme) – ambas de avião pela Turkish Airlines.
- Dias 2, 3 e 4 – Capadócia
- Dia 5 – Pamukkale
- Dias 6 e 7 – Eféso
- Dias 8, 9, 10 e 11 – Istambul
- Dia 12 – Viagem de regresso de Istambul para Lisboa.
Este é o roteiro “mais famoso” na Turquia, e para quem não tem muito tempo é a melhor opção. Pessoalmente teríamos ficado mais um dia para conhecer Konya. Para quem quiser visitar Ancara (a capital da Turquia) ou a Riviera Turca (Antalya, por exemplo), recomendamos fortemente mais dias, claro.
Wi-Fi e planos de dados móveis
A melhor opção para ter internet em todos os locais é comprando um cartão SIM para o telemóvel (este tem de ser desbloqueado para todas as redes). É fácil de comprar e regra geral funciona bem no país inteiro. Para adquirir o cartão precisa apenas de se dirigir à loja de uma das operadoras com o seu passaporte (ou cópia).
Na Turquia existem três operadoras de telemóvel: Turkcell, Vodafone e Turk Telekom. Os valores dos planos das operadoras são quase os mesmos e incluem acesso a internet, chamadas de voz e SMS. Vai encontrar estas lojas espalhas por todo o país, especialmente nos locais mais turísticos, bem como nos diversos aeroportos.
Depois de alguma pesquisa, percebemos que a Turkcell seria a melhor opção! Possuem a melhor cobertura de rede móvel na Turquia e também as melhores ofertas de cartões SIM pré-pagos.
Sabendo que a Turquia é um país barato para viajar, onde facilmente conseguimos uma refeição por 8€ para dois, o mesmo não se aplica na hora de comprar um cartão SIM. Ficámos incrivelmente espantados com os preços praticados. E ainda ficámos mais espantados quando nos apercebemos que os preços variam de loja para loja, mesmo sendo da mesma empresa.
Assim sendo, e para irmos diretos ao assunto, comprámos um cartão SIM da Turkcell por 33€ com 15 gb de internet, em Goreme. Já tínhamos tentado comprar no Aeroporto de Istambul e desistimos pois era ainda mais caro.
Saiba ainda que em muitos locais, principalmente em Istambul, há Wi-Fi público. No entanto estas redes não são seguras, portanto recomendamos o uso de uma VPN.
Eletricidade
A rede elétrica na Turquia tem voltagem de 220V e os pinos das tomadas são circulares, tal como em Portugal. Nós levámos um adaptador universal, apenas para o caso, e não foi necessário utilizar.
Transportes
Existem várias formas de se deslocar pelo país. A forma mais cómoda e rápida para longos trajetos é de avião, nos voos internos. As companhias aéreas mais comuns são a Turkish Airlines e Pegasus Airlines.
Como tínhamos pouco tempo, optámos por fazer dois voos internos, ambos pela Turkish Airlines. Além de pouparmos tempo, os voos também são baratos, pelo que para nós foi a melhor opção. Assim sendo, fizemos Aeroporto de Istambul – Aeroporto de Kayseri (19€/pessoa) e Aeroporto de Izmir – Aeroporto de Istambul (21€/pessoa). Queremos apenas relembrar que se pretende fazer voos internos sem pagar mais taxas, tem apenas direito a despachar uma mala no porão de 15kg, ao invés dos 30kg dos voos internacionais.
Existe também a opção de fazer longos trajetos de autocarro. São confortáveis, muitas vezes têm serviço de bordo e até mesmo entretenimento pessoal. As principais companhias de autocarro são: Kâmil Koç, Metro Turizm, Ulusoy e Varan Turizm.
Já para percorrer a cidade de Istambul a rede de transportes públicos é super prática e intuitiva. O sistema de transportes públicos de Istambul é composto por barco, metro, metro de superfície e autocarro. Com eles, conseguimos chegar às principais atrações turísticas da cidade. Nós utilizámos todos eles, à exceção do metro, que liga as regiões mais afastadas da cidade.
Se preferir, ao invés dos transportes públicos, pode sempre recorrer a transferes ou fazer tours organizados.
Alugar carro
Ponderámos, falámos, pensámos e repensámos se deveríamos ou não alugar carro. Já tínhamos alugado antes na Madeira e nos Açores, mas confessamos que estávamos com algum receio. Receio de como seriam as estradas, a condução dos turcos, as multas, etc. Durante este processo falámos com alguns amigos que também tinham alugado carro na Turquia e fomos tomando decisões.
A verdade é que alugar carro lá não é caro e o gasóleo é super barato (comparado aos preços absurdos de Portugal). Depois de contas feitas, optámos então por alugar um carro durante cinco dias. Agora podemos afirmar que foi a melhor decisão que tomámos. Deu-nos imensa liberdade e conforto.
Fizemos a reserva online na companhia Cizgi Rent-a-Car. Era a empresa que apresentava os melhores valores, a melhor cotação e tinha boa reputação. No total pagámos 153€ para cinco dias. Conseguíamos alugar um carro por muito menos dinheiro, mas queríamos devolver o carro num local diferente do que tínhamos levantado, e por isso tivemos de pagar uma taxa adicional de 70€.
Assim sendo, levantámos o carro no Aeroporto de Kayseri e rumámos a Goreme (a principal região da Capadócia), onde ficámos três dias. De seguida, fizemos uma roadtrip onde passámos por Lago Tuz, Konya, Pamukkale e Eféso. Devolvemos o carro no Aeroporto de Izmir, onde apanhámos um voo para Istambul.
Vantagens de alugar carro:
- Conforto e liberdade.
- Poupámos dinheiro em transferes e tours. Além de os tours organizados serem caros, não tivemos de andar atrás de 20 pessoas.
- O gasóleo é barato.
- As estradas são boas, no geral.
Desvantagens de alugar carro:
- Conduzir longas distâncias é cansativo.
- Os turcos conduzem muito mal. Ultrapassam pela direita, não param nas passadeiras, passam vermelhos, não usam capacete, andam em sentido contrário e por aí fora… Aconselhamos muita
- precaução a conduzir!
- Em quase todo o lado tivemos de pagar estacionamento.
Alertamos para o facto de existir muita polícia na estrada. Fomos mandados parar duas vezes, onde nos pediram os documentos e mandaram seguir viagem. No entanto, é muito recorrente os turistas serem multados por excesso de velocidade. Como tal, recomendamos nunca exceder os limites.
Alojamento
Na Turquia existem ofertas de alojamento para todo o tipo de gostos e carteiras. Nós reservámos tudo pelo Booking antes de ir (até porque o Booking não funciona no país).
Basicamente lemos os comentários de quem já se hospedou nos hotéis e escolhemos consoante o nosso orçamento. Então:
- Goreme: Sarnich Cave Suites
- Konya: Mevlana Hotel
- Selçuk: ENA Serenity Boutique Hotel
- Istambul: Hotel Peninsula
Recomendamos todos, à exceção do hotel em Konya que era horrível. Só não fomos embora porque já era tarde e estávamos muito cansados. As fotos não tinham nada a ver com a realidade e as condições de higiene eram muito más.
Museum Pass
Comprar ou não comprar o Museum Pass? Pois bem, isso é uma questão muito pessoal, porque vai depender do que quer ou não visitar. Mas, regra geral, compensa adquirir.
Existem vários cartões: o Museum Pass Turkey, o Museum Pass Istanbul, o Museum Pass Cappadocia, o Museum Pass The Aegea e o Museum Pass The Mediterranean. Como o próprio nome indica, os cartões permitem ter acesso a vários museus e sítios arqueológicos que pertencem ao Ministério da Cultura e Turismo da República da Turquia.
Os cartões Museum Pass da Turquia variam de acordo com a região, preço e período de validade. O que recomendamos é, depois de fazer o seu roteiro, ver quanto custa individualmente cada entrada e comparar com o preço dos cartões. Veja aqui quais são os museus incluídos, bem como toda a informação de cada um deles.
No nosso caso, optámos por comprar o Museum Pass Turkey. Contas feitas poupámos cerca de 20/30€ cada um, o que compensou imenso.
Além de poupar dinheiro, evita ainda de estar nas filas para adquirir os bilhetes. No entanto, ninguém está isento das filas de verificação de segurança.
Saiba ainda que o período de validade de cada cartão será activado na primeira vez que o utilizar. Ah, e os cartões só podem ser usados uma vez em cada local.
O que comer
Quando se trata de explorar, gostamos também de viajar pelos sabores tradicionais de cada local. E acreditem, a gastronomia turca é muito saborosa e doce! A culinária local é muito rica na Turquia, influenciada pela variedade cultural do país. Saiba ainda que os pratos variam muito de acordo com a região do país.
Assim sendo, vamos mostrar-lhe as iguarias que não pode deixar de provar.
Pratos principais
Döner kebab: Este é um dos pratos mais tradicionais. É feito num espeto vertical giratório e a carne pode ser de cordeiro, carneiro, boi ou frango e é fatiada antes de servida. Geralmente é servido num wrap, acompanhado de legumes, batatas fritas e molhos.
Köfte: Trata-se de almôndegas de carneiro, que podem ser servidas sozinhas, com arroz ou com acompanhamento de iogurte.
Kumpir: São umas batatas cozidas enormes, que depois de abertas colocam manteiga e queijo. De seguida podemos rechear com tudo o que queremos, incluindo os molhos. Basicamente é batata cozida com cenas diversas lá dentro.
Testi Kebab/ Pottery Kebab: O testi kebab é um prato típico da Capadócia, mas também irá encontrar noutros locais. A carne e os vegetais são cozinhados dentro de um pote de barro durante várias horas para apurar o sabor. Depois, o pote é trazido para a mesa e partido à nossa frente com um martelo (podem ver o vídeo nos destaques do nosso instagram). Acompanha com arroz pilav (típico da Turquia) e salada.
Pide: Chamado frequentemente de “pizza turca”, é um pão com vários tipos de recheio. Existem vários sabores de pide, desde a versão mais simples, apenas com molho de tomate, até opções com carne, cogumelos, etc. No entanto, o formato não é igual ao que estamos habituados, pois esta “pizza” tem um formato oval.
Adana Kebab: Basicamente é carne de borrego picada achatada, acompanhada de arroz, batatas fritas e salada.
Lahmacun: Consiste numa massa fina, coberta com carne picada, vegetais e especiarias. Faz lembrar muito as pizzas, mas é servido apenas um tipo de molho, diferente da pide que podemos escolhe o sabor (carne, queijo, frango, etc.).
Ískender Kebab: Consiste num prato de carneiro servido com molho de tomate e iogurte sobre fatias de pão.
Manti: Os italianos chamam de ravioli , os turcos chamam de manti. Esta versão de carne envolvida por uma massa serve-se com iogurte fresco besuntado de manteiga derretida e polvilhado com ervas. Este é um prato típico da região da Capadócia.
Tirit: É um prato tradicional de casamento com pão, cordeiro e pimentão coberto com iogurte e manteiga torrada. Vai encontrar em Konya.
Balik ekmek: Não tem nada que saber: é um pão com peixe fresquinho e salada. O engraçado é ver o seu modo de preparação. Em Istambul, os vendedores grelham o peixe, no meio de toda a azáfama num barco.
Gozleme: Uma espécie de crepe salgado, típico da região da Anatólia. O recheio pode ser variado, desde carne até vegetariano.
Bebidas
Ayran: É uma bebida muito popular entre os turcos e serve-se em todos os lugares. Trata-se de um iogurte salgado refrescante. Se isto é estranho, ainda pode piorar: os turcos acompanham as refeições com Ayran. Nós não gostámos!
Chá turco (Çay): Os turcos adoram chá e bebem-no a toda a hora, mesmo! É também a sua marca de hospitalidade. O mais habitualmente servido é o chá preto, mas também são comuns as infusões de maçã e de romã.
Café turco (Khave): Um café forte e bastante diferente do café a que estamos habituados.. Deve ser bebido uns minutos após ser servido para deixar as borras assentarem, logo nunca se deve mexer com a colher. Borras estas que não devem ser ingeridas. Pode ser servido com ou sem açúcar.
Raki: É a bebida mais consumida na Turquia. Trata-se de um licor aromatizado com anis, também conhecido como “Leite de Leão”.
Cerveja turca: Efes é a marca de cerveja mais conhecida da Turquia.
Saladas
Os turcos gostam muito de saladas, por isso em todas as refeições é servida uma salada, até ao pequeno-almoço. Independentemente do hotel que escolher irá estar sempre presente tomates, azeitonas e pepinos. Um ingrediente bastante comum nas saladas é o iogurte.
Comida de rua / doces
Simit: Não é uma sobremesa, mas pode ser comido a qualquer hora, com mais ênfase ao pequeno-almoço. Simit é uma argola de pão geralmente coberto por sementes de sésamo, e é vendido por todo o país. Existe também com recheio de Nutella.
Börek: É uma massa folhada com diversos tipos de recheio. Os mais comuns são com carne, queijo, batatas ou espinafres.
Lokum: O lokum, também conhecido como manjar turco ou Turkish delight, é o doce mais conhecido e vendido da Turquia. É uma espécie de goma enrolada que pode ter algum recheio como pistáchio. Mas, também há lokums mais simples, que é apenas a goma cortada em cubinhos.
Künefe: É uma sobremesa que conjuga uma massa doce com o recheio salgado do queijo, pistáchio e gelado de leite de cabra. Adorámos!
Baklava: Um doce de massa filo, mel e nozes que dispensa apresentações, típico de vários países do Mediterrâneo. Nós provámos na tradicional doceria Karaköy Güllüoğlu, em Istambul, onde dizem ser os melhores. Se são os melhores não sabemos, mas ainda hoje salivamos sempre que pensamos neles!
Milho assado: O milho assado é outra comida de rua bastante popular em várias cidades do país, como em Istambul.
Gelado: Outra sobremesa muito apreciada em todo o país é o Dondurmali, um gelado de leite de cabra. É também instrumento para muitas acrobacias realizadas pelos vendedores de rua. Claro que tínhamos de experimentar. Para além de divertido é também muito saboroso.
Compras
A nossa recomendação é que deixe Istambul para o final da viagem por este motivo – compras! Istambul é a capital das compras e nas ruas vai encontrar centenas de lojas de artesanato, moda, produtos gastronómicos e até falsificações. Como costumamos dizer, em jeito de brincadeira, “Same same, but different”. Os principais produtos são: tapetes, cerâmicas, narguilés, candeeiros coloridos, olhos turcos, especiarias, lenços… Bem há de tudo um pouco. Basta ter espaço na mala, dinheiro, e poder de negociação!
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Artigo originalmente publicado no blogue Viver o Mundo
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