Na verdade, com exclusão dos banhos termais mais conhecidos como é o caso do Blue Lagoon ou das visitas a grutas de gelo, não há nada a pagar.

Assim sendo, não é forçoso que tenham de continuar a adiar esta viagem por causa dos preços, até porque com as nossas dicas é perfeitamente possível conseguir viajar pelo país com um orçamento mais limitado:

1. Voos

A não ser que façam a viagem de ferry (o que pode ser uma excelente ideia, especialmente se levarem o vosso carro ou autocaravana), tudo começa com o voo. À data em que escrevo Portugal ainda não tem voos diretos por isso será sempre necessário voar com escala. Os aeroportos de Londres e da Suíça costumam ser os aeroportos com os melhores preços, quer para as duas secções da viagem. Em regra, e comprando com alguma antecedência, costumamos conseguir compra os voos entre os 80/100 € por pessoa.

2. Viajar pelo país numa van ou autocaravana

Os hotéis, o aluguer de carros e as refeições são consideravelmente caros no país, por isso nada melhor para as contas do que juntar estas três grandes despesas alugando uma van e ganhar quer em poupança quer em liberdade.

Existem autocaravanas para todos os preços. Desde as pequenas carrinhas de dois lugares que começam nos 80€, passando pelas maiores de 3 e 4 lugares que costumam custar 180/200€, até às verdadeiras autocaravanas que podem custar 300/400€.

Nas nossas três viagens pelo país alugámos na Happy Campers e na Campeasy sempre sem qualquer problema. Mas há muitos outros sites onde alugar: snail; Kukucampers, gocampers, entre outras.

Pequena dica testada: em vez de marcarem logo pelo site experimentem telefonar para a empresa de aluguer para pedirem um orçamento e um desconto. Fica quase sempre mais barato do que só pelo site e os descontos podem ser de várias centenas de euros.

3. Levar uma garrafa reutilizável

Uma das coisas que provavelmente vão reparar é que nos supermercados não existem prateleiras e mais prateleiras de garrafas e garrafões de água. Tal como acontece na Suíça, por exemplo, a água das torneiras e das fontes é potável e por isso, felizmente, não há o hábito de comprar água engarrafada.

Portanto, nada como levarem uma garrafa para irem enchendo por onde passam e poupar na carteira e no ambiente.

Atenção: ao contrário do que já ouvi algumas pessoas dizer não é seguro beber água das cascatas a não ser que tenham um purificador de água convosco.

4. Levem comida de casa

Se tiverem espaço na bagagem aproveitem para preencher esse espaço com massas instantâneas, barras de cereais, bolachas, frutos secos, etc. A comida é muto cara e, já que têm espaço livre, o melhor é aproveitar porque vai dar muito jeito.

5. Comprar nos supermercados mais em conta

Os supermercados mais baratos são o Bónus (o nosso favorito), o Kronan e o Netto. Fujam das lojas de conveniência das estações de combustível como se estivessem a fugir da COVID.

6. Cozinhar

A palavra “caro” já foi repetida ad nauseum mas vai ter de ser dita mais uma vez: comer fora na Islândia é… surpresa… caro. Uma refeição para duas pessoas, com algo tão simples como hambúrgueres ou pizza, pode chegar facilmente aos 50€. O que até é compreensível, a maioria dos ingredientes vêm de fora e como os ordenados são relativamente altos é normal que o produto final não fique em conta.

Por isso a palavra de ordem é cozinhar. Se estiverem a viajar de van o assunto fica resolvido na pequena cozinha das carrinhas. Se optarem por ficar em hostel ou em alojamento nas quintas ao longo do país, a maioria tem uma cozinha para os hóspedes com tudo o que é preciso para cozinhar e até frigorífico.

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7. Procurar alojamento indo ao posto de turismo

Uma coisa que descobri há pouco tempo em conversa com locais é que grande parte dos alojamentos em quintas não aparece nos sites usuais de marcação de alojamento. Mas se forem a um posto de turismo e pedirem dão-vos uma lista com praticamente todos os alojamentos do país incluindo esses, com a vantagem de terem preços muito mais baixos.

8. Usar os cartões de desconto de combustível

A maior parte das empresas de aluguer de veículos costuma emprestar um cartão para aceder a descontos quando abastecem. A maior parte é dos postos de combustível N1. Lembrem-se de pedir mas se não vos emprestarem o cartão pode ser que compense comprar um.

9. Viajar fora da época alta

Por vários motivos, a nossa época favorita para visitar a Islândia é de meados de setembro a meados de outubro. Um desses motivos é o facto de ser época intermédia e quer os voos, quer as vans ficam mais baratas. Por isso, em vez de viajarem no verão considerem viajar fora de época, até porque com sorte, para além dos descontos, podem ganhar umas vistas para as auroras boreais.

10. Trazerem os vossos lençóis

Eu sei que isto soa estranho… mas existem muitos alojamentos pelo país com uma modalidade de alojamento que consiste em trazerem os vossos lençóis e com isso pagarem em média menos 10€ por noite. Como a maior parte das estadias é de uma só noite e fica muito caro e ecologicamente pouco sustentável mudar a roupa de cama, os hotéis dão essa opção com um desconto. Claro que o ideal é levarem daqueles lençóis de viagem que ocupam pouco espaço.

Dica extra: para quem não se importar de dormir em tenda a questão do alojamento pode ficar muito barata. Vimos muita gente no verão a acampar nos campings por no máximo 10€ por noite. Vimos também muitas pessoas a pedir boleia para se irem deslocando pelo país. Por isso, se se sentirem aventureiros, provavelmente a Islândia é um dos países mais seguros para fazer este tipo de viagem.

Mais algumas dicas que queiram acrescentar?

Leiam também as melhores dicas de viagem à Islândia, o roteiro de 5 dias na Islândia e as melhores hot springs da Islândia.

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