"Assinamos um acordo de aliança com a empresa Marriot da Venezuela para que seja esta, com sua experiência hoteleira, a que gerencie, dirija, administre e leve adiante este hotel que foi recuperado", disse Maduro em rede nacional de rádio e televisão.

Inaugurado em 1956, o hotel Humboldt foi ícone da modernidade da Caracas da época. Construído em El Ávila, a cadeia montanhosa da capital venezuelana, o edifício de 60 metros de altura tem 14 andares e 70 quartos.

O luxoso hotel operou plenamente durante apenas quatro anos. Abandonado por décadas, os seus espaços transformaram-se em ruínas.

O ex-presidente socialista Hugo Chávez (1999-2013), mentor de Maduro, aprovou a recuperação da obra respeitando o design original de Tomás Sanabria, um dos grandes arquitetos venezuelanos.

Maduro, que há alguns meses prometeu que o Humboldt seria "o primeiro hotel sete estrelas da Venezuela", assegurou que as instalações serão abertas gradualmente nos próximos 30 dias.

É possível chegar ao hotel pela estrada e por teleférico. O projeto original - não concluído - pretendia comunicar o hotel com as praias do litoral central da Venezuela.

O presidente disse esperar que o Humboldt seja "um pivô fundamental do turismo" em Caracas, e garantiu que este servirá como "um modelo" para utilizar o petro, a criptomoeda que Maduro lançou, face ao ceticismo de especialistas.

"Investidores do Marriot, tragam os seus dólares, comprem e invistam em petros", instou.

Maduro não informou o valor investido pelo governo para a restauração, mas em setembro passado o vice-presidente, Tareck El Aissami, disse que ultrapassou os 30 mil milhões de bolívares, cerca de 9 milhões de dólares pela taxa oficial.

Fonte: AFP