Uma das riquezas do concelho é o seu património natural que faz parte das recomendações de Sara Leitão, do Centro de Interpretação Turística.
No que se refere à paisagem natural, a melhor forma de a descobrir é através de percursos ao lado do rio Zêzere ou a acompanhar a Ribeira da Pena. Outra possibilidade é o caminho florestal que nos leva à albufeira da Bouçã, mesmo no sul do concelho. Há ainda a estação arqueológica da Devesa.
Quem prefira passeios de carro tem o miradouro da barragem do Cabril que permite ver o enorme lago e, no lado contrário, o vale profundo do Zêzere onde estão duas pontes. Uma é a Ponte Filipina, é muito antiga e está classificada como monumento nacional.
A Ponte Filipina foi construída no inicio do século XVII. É constituída por três arcos e o maior tem 22 metros de vão e 26 de altura. Foi construída com blocos de granito. Fica num lugar isolado, só se ouve o barulho da água do rio, é muito bonita e durante alguns séculos foi também muito útil porque era o único ponto de passagem rodoviária entre os dois Pedrógãos.
Só com a Barragem do Cabril, em meados do século passado, é que esta foi substituída por uma passagem mais moderna. Ao lado da Ponte Filipina, em tamanho gigante, está uma outra muito mais recente que faz parte do IC8, a via rodoviária estruturante do concelho e que lhe dá excelentes acessibilidades.
A zona da Barragem do Cabril tem grande procura nos dias com mais calor devido à praia fluvial. Não é a única no concelho. Há ainda a da Mega Fundeira, com a água do Zêzere, e para lá chegar pode dar uma volta à Picha, a aldeia que fica no caminho. Outra praia fluvial que é um tesouro é no Mosteiro.
A praia de Mosteiro é muito bonita, tem uma zona verde, estruturas de apoio e uma azenha que foi recuperada e pode ser visitada após solicitação no Centro de Interpretação Turística. O Mosteiro faz parte da rede das Aldeias de Xisto.
O concelho de Pedrogão Grande tem dois monumentos nacionais e outros dois classificados de interesse público. Além da Ponte Filipina, é também Monumento Nacional a Igreja Matriz.
É um edifício bonito e está num largo, o que lhe permite destacar-se. Em particular a torre branca, em três corpos e com uma cúpula muito colorida. A construção primitiva é do final séc. XII e foi profundamente reformulada no séc. XVII.
O interior é mais discreto, sereno, a meia luz e um dos destaques são as figuras de Nossa Senhora da Assunção e dos Evangelistas que são da autoria de João de Ruão, escultor e arquiteto de origem francesa que tem obras magníficas no Renascimento.
Se visitar a Igreja Matriz não deixe de fazer uma escapadela ao Recreio Pedronguense que fica mesmo em frente. É uma associação local que recorda as equipas de futebol com imagens a decorar as mesas do café.
Não muito longe da Igreja Matriz está o Relógio e é convidativo dar um passeio a pé pelo centro histórico.
As ruas estão bem arranjadas, limpas e algumas ainda mantêm traços medievais.
Numa pequena praça vai encontrar uma outra pérola de Pedrógão Grande, a Capela da Misericórdia. É do séc. XV e tem um museu de arte sacra com retábulos raros em Portugal. A Capela está classificada de Interesse Público, como também o Pelourinho que está junto da Igreja Matriz.
Se ainda tiver tempo, descubra a Graça e Vila Facaia, onde há um núcleo museológico de concertinas e acordeões.
A gastronomia varia consoante a época do ano mas há um traço comum: as doses são grandes. Os pratos mais típicos são a sopa de peixe, cabrito, maranhos e bucho de porco recheado.
O ponto de partida da visita deve ser o Centro de Interpretação Turística em Pedrogão Grande. É num antigo edifício que foi restaurado, tem galerias com exposição de objetos e produtos da região e pode obter a informação mais adequada e até um guia, para visitar alguns locais.
O Roteiro Renascer de Pedrógão Grande faz parte do podcast semanal da Antena1, Vou Ali e Já Venho, e pode ouvir aqui. A emissão deste episódio, O Roteiro Renascer de Pedrógão Grande, pode ouvir aqui.
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