São várias as empresas que organizam atividades radicais e de aventura, como o rafting e o canyoning, assim como de lazer ou mais contemplativas, como os percursos pedestres, de todo o terreno, ou observação da vida selvagem em habitat natural, em zonas de grande beleza natural.

Os programas realizam-se ao longo de todo o ano, mas a verdade é que no verão, torna-se muito mais convidativo o contacto direto com as águas frescas do rio.

Mergulhar na natureza – rafting

“Nesta altura, fazemos rafting só com uma licra no corpo e o colete. Com este sol, não é preciso fato” explica-nos João Paulo Faria, responsável da Melgaço Whitewater. E a verdade é que, nos intervalos das turbulentas descidas, sabe bem um mergulho no rio Minho, ao sabor da corrente. A atividade de rafting faz-se com a orientação dos monitores, que vão também chamando a atenção para os perigos do rio: “É para nadar sempre no meio, longe das pesqueiras” – “armadilhas” criadas em ambiente natural que permitem capturar peixes.

E no decorrer do percurso, os super-heróis têm oportunidade de subir a uma rocha e de desafiar a gravidade, num salto a pés juntos para o meio do rio. Mais recentemente, as empresas têm vindo a disponibilizar a versão noturna desta atividade. Se, por um lado, não se consegue admirar a paisagem, por outro, “sente-se mais a adrenalina”, explicou-nos João Paulo.

As atividades de rafting custam 30 euros por pessoa.

Canyoning

Canyoning
Canyoning créditos: António Silva| Canela&Hortelã

Os mais aventureiros encontram em Melgaço a possibilidade de fazer uma atividade mais desafiante: o canyoning. O nome deriva de “canyons” e consiste em descer desfiladeiros de rios ou riachos. Para ultrapassar os obstáculos naturais, são utilizadas técnicas de escalada, como o rapel ou o slide.

A empresa Montes de Laboreiro tem disponíveis três níveis: iniciação, intermédio e avançado. O Star Canyoning é adequado a quem tem pouca experiência. É uma espécie de contacto com a atividade, em que todos os obstáculos podem ser facilmente contornáveis.

Os participantes entram no rio Varziela, mergulham no seu ambiente natural e desfrutam da natureza em estado primitivo, como se de um parque de diversões se tratasse. Há cascatas que conduzem a lagos, desníveis que são verdadeiros escorregas naturais e plataformas para dar saltos heróicos. A distância percorrida parece muito superior à real e o grande desafio é mesmo abstrairmo-nos da baixa temperatura da água.

As atividades de canyoning custam a partir de 25 euros por pessoa.

Termas de Bande

Termas de Bande
Termas de Bande créditos: António Silva| Canela & Hortelã

Alternativa à água fria da nascente? A Montes de Laboreiro levou-nos a visitar as Termas de Bande, do outro lado da fronteira, e aí tivemos dificuldade foi em por os pés nas piscinas de água, de tão quente que se encontrava. A cerca de uma hora de distância de carro, Bande atrai muitos visitantes pelas ruínas do antigo acampamento militar romano Aquis Querquennis.

Em muito bom estado de conservação, é possível visitar as ruínas, enquadradas na beleza natural da paisagem, com a barragem ao lado. Percorremos os vestígios da Via Nova e admiramos o que resta das construções que albergaram tropas, um antigo hospital, bem como os equipamentos auxiliares como cisternas e um forno panificador. Junto às ruínas, encontram-se as Termas, um conjunto de piscinas naturais, de água quente (a borbulhar) que atrai muitos curiosos. As piscinas são mesmo para entrar lá dentro e fazer vida de romano, a relaxar nas águas termais.

Arvorismo, rapel e slide
Arvorismo, rapel e slide créditos: António Silva| Canela & Hortelã

Uma palete de todos os tons de verde, é o que encontramos na entrada da Porta de Lamas de Mouro, um dos acessos ao Parque Natural da Peneda Gerês. É aí também que pode avaliar a destreza física e respirar o ar mais puro, a dez metros do solo. O Parque de Campismo de Lamas de Mouro têm um circuito de arvorismo composto por oito desafiantes travessias suspensas.

O objetivo é superar obstáculos, através de um caminho feito de cordas, vigas oscilantes e cabos que teimam em condicionar a nossa agilidade e chegar à plataforma da árvore seguinte. A atividade é feita com o acompanhamento de monitores, que podem ir dando algumas indicações sobre a melhor forma de encontrar o equilíbrio, numa aventura plena de emoção. Este parque permite ainda fazer escalada, rapel (em parede de madeira artificial) e slide com toda a segurança.

Para os mais pequenos, há um parque mais adequado, com desafios à sua medida. A partir de 9 euros por pessoa.

Onde ficar

Relaxar no meio do nada, onde o silêncio é perturbado apenas pelos sons da natureza. Se é esta a sua vontade, então coloque Melgaço no seu roteiro.

Melgaço Alvarinho Houses

Melgaço Alvarinho Houses
Melgaço Alvarinho Houses créditos: António Silva| Canela & Hortelã

Encontrar o descanso absoluto num ambiente de arquitetura e design sofisticado, é o que pode encontrar na Casa das Vigotas, um dos espaços da Melgaço Alvarinho Houses. Num dos socalcos da vinha, sobressai um edifício contemporâneo de três pisos. Vai encontrar todas as comodidades de um hotel requintado com a vantagem de poder usufruir de um espaço amplo e privado. Simples, sem floreados e com traços diferenciadores, a casa encontra-se equipada com todos os acessórios essenciais a uma estadia de conforto.

A madeira acolhe-nos nos amplos espaços interiores e, pelas enormes janelas, entra o verde da vinha de Alvarinho. É uma casa extremamente luminosa, onde apetece estar. Todas as divisões são espaçosas e comunica-se entre pisos por uma zona comum que liga à área de refeições.

Os pequenos almoços são assegurados pelos proprietários, que deixam um conjunto de produtos da região absolutamente extraordinários. Vai querer certamente fazer outras refeições com os queijos, enchidos e compotas que a Lurdes deixa no cesto. A simpatia de quem recebe os hospedes neste espaço, faz com que o nosso inconsciente encolha a distância que percorremos para lá chegar e sobressaia a vontade de voltar.

Adjacente à Casa das Vigotas encontra-se a Casa Clérigo, que, em estilo rústico, recebe também hóspedes. Em comum, o empreendimento tem uma zona comum, a Adega, que é um moderno espaço de refeições, disponível para reunir grupos que se encontrem alojados nas Casas.

No verão, é possível ainda usufruir da piscina, num dos socalcos superiores, de onde se tem uma vista ampla sobre a região.

A Casa das Vigotas (T3), custa a partir de 195 euros/ noite.

Casa da Cevidade

Casa da Cevidade
Casa da Cevidade créditos: António Silva| Canela & Hortelã

Se procura uma estadia tranquila, mas mais próxima da vila, a Casa da Cevidade pode ser o espaço ideal. Uma moradia em dois pisos, com uma acolhedora sala com kitchenette, e dois quartos do piso superior, tem no alpendre exterior o recanto mais zen. A baloiçar, na rede suspensa, admiramos as vinhas a perder de vista e ouvimos a água a correr, numa das linhas do rio que passa nas Termas de Melgaço. Longe do seu esplendor, e apesar de algum descuido com as zonas exteriores, as Termas continuam a merecer uma visita.

O espaço exterior da Casa da Cevidade tem também uma pequena piscina, excelente para refrescar e um espaço típico para fazer um bom churrasco.

A Casa da Cevidade (T2) custa a partir de 100 euros/ noite.

Parque de campismo de Lamas de Mouro

Parque de Campismo de Lamas de Mouro
Parque de Campismo de Lamas de Mouro créditos: António Silva| Canela & Hortelã

Tem vontade de ficar mesmo longe de tudo? Num daqueles sítios em que a rede de telemóvel escasseia? O Parque de Campismo de Lamas de Mouro é uma espécie de retiro, num cenário de magia, em que o relógio deixa de fazer sentido. Para além do espaço para as tendas, o parque dispõe de bungalows com diferentes tipologias.

Os bungalows custam a partir de 50 euros/noite.

*Reportagem de Tânia Fernandes e António Silva

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