Rodeado por típicas casas alentejanas, bem no centro da vila de Pavia, esta anta ou dólmen, é um dos poucos (se não o único?) em Portugal, situado em pleno contexto urbano. Foi erguida entre o IV milénio a.C. e o III milénio a.C. e transformada, em data incerta da Idade Média, numa capela católica dedicado a São Dinis.

O monumento megalítico seria originariamente constituído por uma mamoa ou montículo de terra e de pedra, que o ocultaria na imensidão da planície alentejana; uma câmara, e um corredor. De todo este conjunto apenas chegou até nós a câmara onde hoje se ergue o altar-mor da capela. 

A capela é muito pequena, mas o seu altar possui um painel de azulejos setecentistas, bastante bonito e interessante.

Testemunho da evolução cultural e religiosa de um povo e de uma região, este monumento tem algo de hipnotizante. Talvez seja o silêncio  da praça que a abriga e rodeia, o tamanho das pedras que a compõem ou a surpreendente capela que se revela quando  a circundamos, mas este é um lugar que toca quem o visita.

É um monumento da arquitetura funerária, do megalitísmo eborense, existe ali há séculos  — pensa-se que até 3 mil anos antes de Cristo. Viu o mundo mudar ao seu redor, e permanece lá, igual, silenciosa, mas sempre presente.

A não perder, se visitar Mora.

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