Leiria é famosa pelo seu castelo, mas a verdade é que existe muito mais para visitar na cidade de Leiria. Desde museus, igrejas e muitos espaços tradicionais e conceituais, a arte está presente em vários cantos da cidade. Lar de vários roteiros literários e sendo cidade criativa da música, Leiria merece uma visita.
Castelo de Leiria
No alto da cidade, está o Castelo de Leiria que guarda, no interior das imponentes muralhas, vestígios das diversas fases de ocupação, desde a fortaleza militar ao palácio real. Em 2021, foram concluídas as obras de requalificação do Castelo de Leiria, que o tornaram mais inclusivo, especialmente através da construção de dois acessos mecânicos – um elevador e um ascensor – que “devolveram” o castelo a muitos dos seus habitantes e visitantes que tinham dificuldade em chegar até ele.
Centro Cultural Mercado de Sant’Ana
Onde outrora se ergueu o convento de Santa Ana, extinto em 1880, encontramos o Mercado de Sant’Ana, projetado em 1921 pelo arquiteto Ernesto Korrodi para albergar o mercado municipal. Devido à descentralização do mercado, o edifício começou a receber outras atividade e, em 2002, foi objeto de obras de requalificação que o dotaram de infraestruturas para o desenvolvimento de atividades culturais.
Chapelaria Liz
Chapéus há muitos, mas lojas como esta há poucas. Seja para os fãs de chapéus ou para aqueles que não têm nenhum, é impossível ficar indiferente à Chapelaria Liz, um dos locais obrigatórios para visitar em Leiria. Com mais de 90 anos, a loja viu a cidade crescer, encher-se de carros e turistas e nunca perdeu a sua essência. Vendem-se chapéus, calçado, cintos, malas, carteiras e muito mais.
Espaço Eça
Entra no Espaço Eça, é como entrar numa casa-museu dedicada a Eça de Queiroz. As estantes estão repletas de livros seus, nas paredes encontrámos quadros com as suas frases e caricaturas com o seu rosto. Esta cafeteria gourmet está incrivelmente bem decorada e é muito acolhedora. Um local a não perder numa visita a Leiria.
Sé de Leiria
Com uma arquitetura de estilo barroco e maneirista, a Sé de Leiria tem semelhanças com outras Sés portuguesas, como as de Portalegre e Miranda do Douro, ostentando ainda alguns vestígios da herança gótica. Um facto curioso sobre a Sé de Leiria é que é a única catedral portuguesa que está separada dos seus sinos. Dizem que a Sé chegou a ter sino, no entanto, as pessoas que viviam do outro lado da cidade não o conseguia ouvir. No século XVIII, foi construída uma torre sineira junto ao castelo para que todos pudessem ouvir os sinos a tocar. Assim, “Leiria tem uma torre que não é Sé e uma Sé que não tem torre“.
A Rua Direita é torta,
Os sinos estão fora da Sé,
O rio corre ao contrário
Em Leiria tudo assim é.
Centro de Diálogo Intercultural de Leiria
A Igreja da Misericórdia, agora dessacralizada, deu lugar ao Centro de Diálogo Intercultural de Leiria, um local onde é incentivada a convivência intercultural. Antes da existência da Igreja da Misericórdia, existia no local uma sinagoga da comuna judaica e, agora, o espaço é um local de união que conjuga as memórias judaica, cristã e islâmica, acolhendo diversas manifestações artísticas.
Museus de Leiria
Outros sítios para visitar em Leiria são os seus museus. Especialmente o Museu de Leiria, o Mimo – Museu da Imagem em Movimento – e o Museu Moinho de Papel.
Alojado no antigo Convento de Santo Agostinho, no Museu de Leiria é possível conhecer a história da cidade e os 5 mil anos da ocupação do morro. O Mimo presta homenagem à fotografia e ao cinema, juntando arte, ciência e técnica. No Museu Moinho do Papel descobrimos as artes e ofícios tradicionais relacionados com o papel e o cereal.
Onde ficar em Leiria
Se ao visitar Leiria desejar pernoitar na cidade, existem vários hotéis onde ficar. O Hotel Eurosol Leiria e Jardim fica a poucos minutos do centro da cidade e perfeito para quem quer descobrir a cidade a pé. Este hotel tem quartos simples mas confortáveis, funcionários muito simpáticos e acessíveis e a sala de pequeno-almoço tem vista para o castelo de Leiria o que é uma forma maravilhosa de começar o dia.
Artigo originalmente publicado no blog A Cachopa.
Publicado originalmente a 6 de outubro de 2022.
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