São muito poucos os núcleos urbanos, alguns espelham a cultura avieira com o cais palafítico e as casas típicas de madeira.

Passeio de barco - Escaroupim
Escaroupim créditos: andarilho.pt

A paisagem é dominada pelo rio, pequenas ilhas e as margens alinhadas por salgueiros.

Passeio de barco - Escaroupim
Ninhos escavados pela andorinha-das-barreiras créditos: andarilho.pt

Numa dessas margens destacam-se linhas horizontais de ninhos escavados pela andorinha-das-barreiras.

Há várias opções para o passeio de barco.

Escolhemos o de uma hora (da Promartur), com Diogo Santos ao leme de uma embarcação onde podemos circular e estamos abrigados do sol.

Passeio de barco - Escaroupim
Ponte Rainha D. Amélia créditos: andarilho.pt

É ele que traça o rumo e nos cria a expetativa da descoberta: “saímos de Escaroupim ou da Valada do Ribatejo, vamos em direção à aldeia de Palhota, passamos por 4 mouchões, que são as ilhas no meio do rio. Num deles conseguimos ver cavalos em liberdade, temos outra ilha que é a ilha dos amores e por fim, a ilha das Garças que é onde as aves nidificam e tem um grande foco de diversos tipos de aves que aqui habitam".

Passeio de barco - Escaroupim
Ilha das Garças créditos: andarilho.pt

O passeio é num rio tranquilo, “domado” pelas barragens, são raras as construções urbanas em redor do rio. As que sobressaem são as de origem avieira, Escaroupim e Palhota, e durante a viagem Diogo aborda “a cultura deles, os seus modos de vida.

Passeio de barco - Escaroupim
Cais palafítico de Palhota créditos: andarilho.pt

Depois temos esta parte que é muito natural, dos cavalos e das aves. É muito interessante. Em particular ao final do dia as pessoas observam o real impacto, que é uma coisa brutal. São bandos enormes a chegar à ilha. Quem está em terra não tem a perceção de aves que ali habitam e os diferentes tipos: a garça real, noturna, branca pequena...”

Passeio de barco - Escaroupim
Ilha das Garças créditos: andarilho.pt

Quem aposta em ver o regresso das aves à ilha das Garças, Diogo Santos recomenda o passeio ao final da tarde. “Durante o dia dá para ver algumas, mas ao pôr do sol, é que temos o real impacto da chegada das aves. São milhares que habitam na ilha. Durante o dia estão fora para se alimentarem e só ao final do dia é que regressam.”

Passeio de barco - Escaroupim
créditos: andarilho.pt

O barco passa à beira da ilha que fica mesmo em frente de Escaroupim. É pequena, está repleta de árvores e os ramos estão decorados com os vários tons da penugem das aves.

Passeio de barco - Escaroupim
créditos: andarilho.pt

O som é estridente, bem diferente do silêncio por onde passeiam livremente os cavalos lusitanos. “Na verdade é uma eguada. Ficam nas ilhas durante cerca de 3 a 4 anos para desenvolverem caraterísticas naturais. A maior parte são para competição de saltos e obstáculos".

Passeio de barco - Escaroupim
créditos: andarilho.pt

As éguas manifestaram indiferença à nossa aproximação. Andavam na altura à beira rio e o Diogo já as viu nadar para outra ilha.

Passeio de barco - Escaroupim
Cais palafítico de Palhota créditos: andarilho.pt

A Palhota e Escaroupim são exemplos vivos da cultura avieira que observamos do rio ou podemos presenciar no interior das aldeias.

Passeio de barco - Escaroupim
créditos: andarilho.pt

Além do cais palafítico da Palhota, uma das imagens que nos ficou na memória foi o regresso a Escaroupim, por um braço de rio, entre salgueiros e estacas de madeira que dão acesso aos barcos. Alguns ainda com os tradicionais instrumentos de pesca.

A descoberta do Tejo da lezíria ribatejana e da cultura avieira num passeio de barco faz parte do programa da Antena1 Vou Ali e Já Venho e a emissão deste episódio pode ouvir aqui.