Alcácer do Sal tem uma história que se perde na memória dos tempos. Foi fundada pelos Fenícios, há mais de mil anos a.C e mais tarde ocupada pelos romanos que lhe chamavam “Salacia” e lhe trouxeram prosperidade económica. Do seu porto eram exportados produtos para todo o Império, nomeadamente azeite, vinho, peixe e marisco salgado, trigo e sal. 

Os muçulmanos, responsáveis pela construção do castelo, deixaram igualmente um importante legado e é do antigo “Al-Kassr”, capital da província durante a ocupação árabe, que resulta a sua atual designação.

Do “sal”, que também trás no nome, pouco resta. As antigas salinas do Sado, outrora maior centro produtor do reino de Portugal, foram, na sua maioria, substituídas por arrozais e pisciculturas.

Hoje, a cidade pode já não ser relevante do ponto de vista militar ou comercial, mas a sua beleza continua  intemporal e apaixona quem tem tempo de a descobrir.

É tão bom dar um passeio tranquilo pelas estreitas ruas do centro histórico, subir e descer as suas escadinhas, visitar o Museu Municipal, que nos transporta através dos muitos anos de história da cidade; ver a estátua dedicada a Pedro Nunes, o grande matemático dos Descobrimentos Portugueses; entrar na Igreja do Convento de Santo António, fundada em 1524, com uma notável cúpula de estilo renascentista; na Capela do Senhor dos Mártires — um dos santuários cristãos mais antigos de Portugal; ou no Castelo de Alcácer, com a sua magnífica vista, cripta arqueológica e agora, também um bonito baloiço.

Depois e sempre, há o Rio Sado, os pássaros do estuário, as pontes, os barcos, o bonito casario que enfeita a margem, os campos de arroz… A vista é de tirar o fôlego, principalmente ao pôr do sol.

No verão, o município organiza cruzeiros de meio-dia ou de dia inteiro a bordo dos antigos veleiros Amendoeira e Pinto Luísa que vale muito a pena fazer. Atravessam o estuário do Sado e atracam em Setúbal ou nas praias da Península de Tróia.

A deliciosa gastronomia portuguesa é outra das boas razões para visitar Alcácer. Coelho frito à S. Cristóvão, ensopado de enguias, achigã grelhado, migas de batata ou sopa de peixe, são apenas alguns dos pratos tradicionais a experimentar num dos muitos restaurantes locais.

Percursos pedestres que promovem a observação da fauna e flora e a descoberta do património histórico, como a Rota do Senhor dos Mártires, também estão disponíveis para os que gostam de caminhar e, por fim, quem quiser por aqui ficar pode se hospedar na Pousada de Alcácer do Sal — um confortável alojamento inserido dentro das muralhas do Castelo.

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