O dia 23 de janeiro de 2024 assinalou o 12º aniversário do Turismo Industrial, com o lançamento do novo site do programa municipal de Turismo Industrial, bem como a apresentação do novo produto do Turismo Industrial de São João da Madeira, a Boina Turismo Industrial by Fepsa, Heliotextil e Bulhosas. 340 mil pessoas já visitaram os circuitos do património industrial sanjoanense, ao longo destes 12 anos.
Reconhecida como cidade do calçado e dos chapéus, o turismo de São João da Madeira soube inventar-se a partir da sua indústria. Nos espaços a visitar encontrámos a indústria viva, em viagens que acompanham o processo de laboração de cada fábrica parceira deste projeto; o património industrial, alocado no museu da chapelaria, no Museu do Calçado, na Oliva Creative Factory e no Centro de Arte Oliva, assim como a Criatividade e Tecnologia, em espaços como o Centro de Formação Profissional da Indústria do Calçado, a Sanjotec e o Centro Tecnológico do calçado de Portugal.
Foram criados diversos circuitos, em função do produto final de cada fábrica. Começamos pelo circuito da etiqueta, com visitas às empresas Heliotextil e Bulhosas e vamos até ao circuito da marroquinaria, composto por visitas a empresas como a Helsar, a Belcinto ou a Mariano Shoes, passando pelos circuitos do ferro, da colchoaria, automóvel e da chapelaria, sem esquecer o circuito Viarco, a empresa de lápis de São João da Madeira, que abarca 37% das visitas totais. Talvez a magia dos lápis mesclada com um imaginário infantil possa explicar este número.
Assim, das artes gráficas aos componentes para automóveis, do têxtil ao fabrico de feltro para chapéus, as empresas abrem as suas portas aos visitantes, com o saber fazer da indústria tradicional portuguesa e desvendam “aos mais curiosos” um processo de fabricação único, desde a matéria-prima ao produto final.
O Turismo Industrial pretende ser motor de desenvolvimento económico e social da região. Não obstante, este programa é também uma das formas de preservar o legado industrial de cada uma das fábricas, dos museus e de outros espaços adjacentes, que constituem uma inequívoca e preciosa herança cultural, tanto no processo de laboração como no produto final.
Para além das visitas programadas às fábricas, o Turismo Industrial pretende posicionar-se no mercado de compras, trabalhando em produtos promocionais, ligados a cada uma das indústrias, e disponibilizando, desta forma, “a recordação” dos momentos únicos de lazer e de aprendizagem - que os visitantes gostam de preservar. Foram lançados, neste sentido, o banco de lápis da Viarco e o chapéu de Fernando Pessoa, coleção à qual se junta agora a boina Turismo Industrial. Espera-se que um novo merchandising possa ser incluído no espólio do Turismo Industrial, na promoção de um programa turístico tão rico, quanto único.
No renovado site do programa municipal de Turismo Industrial (https://turismoindustrialsjm.pt/) é possível saber mais sobre este conceito, descobrir as fábricas que podem ser visitadas, conhecer as experiências educativas associadas ao projeto, e ainda, como agendar uma visita.
Comentários