Primeira passagem de ano: Ilhas PhiPhi, Tailândia
Melhor ainda é que nós não planeámos nada! Estávamos na Índia e o nosso visto estava a acabar e, sem quaisquer planos, comprámos o bilhete de saída mais barato. Acabámos por passar o Natal e a passagem de ano na Tailândia.
Portanto, primeira passagem de ano de 2018: Ilhas PhiPhi na Tailândia, com muita gente, muito álcool e muita festa, na praia.
Chegámos no dia 31 de dezembro de manhã à ilha e, claro está, todos os alojamentos para a noite estavam esgotados. As únicas opções disponíveis eram caríssimas e nós não estávamos dispostos a pagar os preços pedidos, principalmente num dia de festa onde usufruiríamos pouco do quarto.
Sem grandes opções, acabámos por ir à esquadra da polícia expôr a nossa situação e pedir se poderíamos deixar as nossas malas e valores ali, sendo que no dia seguinte voltaríamos a recolhê-los. Qual não foi o nosso espanto quando os guardas nos deram uma resposta positiva imediatamente e sem fazer mais questões. Naquele momento ainda não tínhamos ideia onde íamos passar a noite e muito menos conseguiríamos imaginar que dali a umas horas iríamos estar a ter o melhor acordar das nossas vidas.
A solução, não havendo muitas opções, pareceu-nos óbvia: tínhamos que ficar na praia. Assim, após a festa, afastamo-nos para a praia mais longe que conseguimos, pusemo-nos dentro dos sacos de cama (que já tínhamos ido buscar à polícia) e no meio de uma pequena guerra com alguns mosquitos, lá conseguimos dormir. O momento mágico foi quando acordámos com o nascer do sol e com a água (a água mais turquesa que já teríamos visto) quase a tocar-nos nos pés. Só nós dois e uma das praias mais bonitas onde já estivemos.
Segunda passagem: ano novo chinês na Chinatown de Kuala Lumpur, Malásia
Pode achar estranho o ano novo chinês ser celebrado na Malásia, mas a verdade é que os chineses formam mais de 25% da população da Malásia. Por isso, esta celebração ainda é algo muito importante, principalmente na capital do país, Kuala Lumpur. As comemorações duram cerca de uma semana e envolvem muitas decorações e tradições.
Para os chineses, o ano começa no primeiro mês do calendário lunar, entre os nossos 21 de janeiro e 21 de fevereiro, e em 2018 deu-se no dia 16 de fevereiro. Altura em que, por sinal, estávamos a fazer pet sitting pela primeira vez, a tomar conta de dois cães amorosos em troca de ficar com uma casa em Kuala Lumpur por duas semanas.
Acabámos por visitar o Templo Thean Hou, um dos maiores templos budistas do Sudeste Asiático, que estava em celebrações. Muitas cores, sendo vermelho a predominante e muitas velas. O mesmo na noite de ano novo propriamente dita que, claro está, fomos celebrar à Chinatown.
Terceira passagem: ano novo balinês na ilha de Bali, Indonésia
Após a Malásia, quisemos visitar a Indonésia, mas pouco do país vimos uma vez que aterrámos diretamente na ilha de Bali e por lá ficámos o mês inteiro. É difícil demais deixar Bali para trás.
Assim que chegámos ao nosso quarto na villa que seria nossa para os próximos dias, acabámos por alugá-lo para o mês inteiro. Temos desculpa, era mais barato assim. A dona da villa que lá estava diariamente acabou por ser quase como uma mãe durante a nossa estadia (especialmente, após a nossa queda de mota). Numa das conversas em que nos explicava mais sobre a cultura balinesa, começa por nos explicar como teríamos de proceder no primeiro dia do ano (Nyepi Day – Dia de Silêncio) que estava quase a acontecer. Saiba mais sobre esta tradição aqui.
Para nosso espanto, estava mesmo prestes a acontecer... No dia 16 de março de 2018 estávamos novamente, pela terceira vez no ano, a celebrar o ano novo! Desta vez o ano novo balinês! Muito diferente dos restantes, diga-se. A noite anterior ao Nyepi Day, é celebrada com um desfile de bonecos gigantes pela ilha acompanhados por uma banda e música tradicional. O fim do desfile é marcado pelo queimar destes bonecos que simbolizam as energias negativas/maliciosas da ilha.
A cultura balinesa é, sem dúvida, muito peculiar, com tradições e costumes tão diferentes que tivemos que os reunir numa lista imperdível de "10 curiosidades sobre Bali que tu não sabes".
E assim foi como conseguimos passar o ano 3 vezes em menos de 3 meses, completamente ao acaso! Espanto foi quando conhecemos alguém que se dirigia para o Sri Lanka em abril para celebrar o ano novo cingalês. Pelos vistos conseguiríamos passar o ano todos os meses, se realmente quiséssemos!
Comentários