As primeiras escavações que trouxeram à luz do dia partes do palácio foram realizadas por Minos Kalokairinos. Mas foi Arthur Evans, diretor do Ashmolean Museum de Oxford, que desenterrou a maior parte dos 20.000 metros quadrados do sitio arqueológico que hoje podemos visitar.
Knossos foi colonizada pela primeira vez por volta de 7000 a.C. e a atividade humana na área continuou até ao início da era bizantina.
O antigo palácio, construído por volta de 2000 a.C., foi destruído por um terramoto em 1700 a.C.. A sua reconstrução iniciou-se imediatamente depois disso, mas numa escala bastante maior, com vários andares e frescos de excecional beleza, que refletiam o auge da prosperidade minóica.
Este crescimento deveu-se principalmente ao desenvolvimento dos recursos nativos, como o vinho e a lã, e à expansão do comércio. As evidências baseadas na cerâmica encontrada sugerem laços comerciais estreitos com muitos locais em redor do Mediterrâneo, incluindo a Síria, o Egito, a Anatólia, o Chipre, as Cíclades, a Sicília e a Grécia continental.
Quando, depois de 1700 a.C, o palácio foi reconstruido, evitaram-se corredores retos e a estrutura arquitetónica tornou-se bastante complexa; o que deu origem à lenda do Labirinto do Minotauro. Esta lenda, que vem da antiguidade clássica, diz que o rei Minos de Creta pediu a Dédalo que construísse um labirinto para reter o seu filho — o Minotauro — criatura metade touro e metade homem, que ninguém conseguia derrotar, até aparecer Teseu, um príncipe de Atenas, que finalmente o conseguiu matar.
O traçado original do palácio já não pode ser discernido devido às modificações subsequentes, mas as escavações mostram que no seu auge Knossos contava com cerca de 1.300 salas interligadas por corredores de diferentes dimensões. Os visitantes podem perceber elementos arquitetónicos que permitiam aproveitar ao máximo a iluminação natural durante os longos dias de verão e ver vestígios de algumas estruturas surpreendentemente modernas para a época.
O palácio possuía três sistemas distintos de gestão de águas, um para abastecimento, outro para escoamento de águas pluviais e outro para escoamento de águas residuais. Os aquedutos traziam água doce para a colina Kephala, ramificando-se para o palácio e para a cidade. A água era distribuída no palácio usando a gravidade, através de canos de terracota, para as fontes e torneiras e a drenagem sanitária era realizada através de um sistema fechado que conduzia a um esgoto junto ao monte.
A Sala do Trono, as colunas vermelhas, os frescos e os relevos são outros destaques do palácio. Embora apenas tenham sobrevivido fragmentos dos painéis desde a antiguidade, foi possível restaurar uma parte que hoje se encontra exposta no Museu Arqueológico de Heraklion. No Palácio encontram-se réplicas, incluindo o magnífico fresco de golfinhos que está na câmara da rainha.
O Museu Arqueológico de Heraklion abriga muitos artefactos fantásticos retirados do Palácio, por isso uma visita a este, após uma passagem pelo Palácio vale muito a pena.
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