As pontes

Quase que lhe podemos chamar de “Amesterdão da América do Sul”, já que o Recife também é conhecido por ser a capital das pontes. Atualmente tem nada menos que 40 a ligar entre si os bairros do Recife, de Santo António e da Boa Vista. Sobre o rio Capibaribe, a ponte Maurício de Nassau que liga o Recife a Santo António, é mesmo a mais antiga de toda a América Latina, construída em 1643. As pontes Buarque de Macedo, da Boa Vista, Duarte Coelho, Santa Isabel e a Giratória são outras a identificar no meio da paisagem.

Os navios naufragados

Se tem um fascínio por histórias de piratas e navios, saiba que a costa pernambucana esconde mais de 100, transformados em verdadeiros jardins submarinos que também servem de casa para espécies de tartarugas e raias. Algumas histórias destas obras de arte afundadas continuam a ser um mistério. Aproveite para dar asas à imaginação e fazer uma aula de mergulho assistido. O Pirapama, Vapor Bahia e o Mamanguape, mesmo em frente à praia da Boa Viagem, são alguns dos naufrágios mais procurados pelos amantes deste desporto.

As igrejas

Mesmo que não faça questão de as ver a todas, elas aparecerão naturalmente no seu caminho. São mais de 20 edifícios da época colonial espalhados pelos bairros. A Capela Dourada, a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, o Convento Franciscano e a Igreja de São Pedro são paragens obrigatórias.

E ainda sobra espaço para o culto afro-brasileiro. Visitas a terreiros de candomblé como o Terreiro do Pai Adão e de Santa Bárbara da Nação Xambá funcionam como viagens culturais à tradição sincrética do nordeste.

O centro histórico

No centro da praça Rio Branco, o Marco Zero — pequeno dístico de bronze que marca o lugar onde os portugueses descobriram a cidade em 1537 — acabou por dar o nome à praça e às redondezas. Mesmo em frente, fica o parque das Esculturas de Francisco Brennand, com mais de 90 peças de cerâmica expostas à beira mar.

Perca-se na Rua do Bom Jesus e depois aproveite para conhecer a Sinagoga Kahal Zur Israel, a mais antiga do continente americano.

Os museus

Não faltam lugares que exibam com orgulho o legado cultural desta cidade nordestina. Para além dos centros culturais espalhados no centro histórico, a Casa da Cultura de Pernambuco é uma antiga prisão que funcionou até 1973 e foi reaberta três anos depois para dar lugar a lojinhas de artesanato. Ainda tem uma cela original aberta ao público.

Não se esqueça de passar ainda no Museu do Homem do Nordeste e no Museu de Arte Popular. Ou na Casa do Carnaval — o do Recife é um dos mais concorridos do Brasil.

A gastronomia

De influência indígena, africana e portuguesa, a culinária no Recife é tão variada quanto a sua cultura. Saborosa, rica e cheia de cores, faz as delícias de quem a prova.

Para os pratos típicos, é procurar diretamente um dos afamados “botecos”. Desde caldinho de camarão, carne do sol, peixes e mariscos frescos, até à típica carne de bode, há pratos para todos os gostos.

Quanto aos doces, desloque-se até ao mercado mais antigo do Brasil, o de São José, para provar os bolos de macaxeira, pé-de-moleque, Souza Leão e de Rolo. Verdadeiras obras primas de comer e deixar saudades, estes dois últimos até são património da cultura de Pernambuco.

As praias

As costa brasileira não seria a mesma sem as praias. A mais famosa, a Praia da Boa Viagem, é conhecida pelas piscinas naturais formadas pelos recifes na maré baixa. Siga viagem rumo ao sul para se encantar com as belezas naturais de Calhetas, Enseadinha, Carneiros e, finalmente, Porto de Galinhas.

Este paraíso a 100km da cidade é uma extensa faixa de areia branca, coqueiros e águas transparentes. Vai poder fazer passeios de jangada, jet ski, de buggy pelas dunas. Para umas compras, a Vila dos Pescadores no centro de Porto de Galinhas é o local ideal.

Olinda

Recife e Olinda são como duas cidades irmãs separadas, nascidas durante o período colonial e que preservaram o legado dos portugueses e dos holandeses.

E esta colónia de artistas não passou despercebida aos olhos do mundo: em 1982, o centro histórico da primeira capital de Pernambuco foi declarado Património da Unesco.

Perca-se nas ruas, mas não deixe de fazer uma paragem na Igreja da Sé. Construída pelos portugueses em 1537, tem uma vista espetacular para os telhados de tijolo vermelho que escondem galerias de arte, pequenas igrejas e museus. E tudo isto a menos de 20 minutos de distância da metrópole.

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