"Está detido como um prisioneiro, isto não é justo, não é humano. O alojamento é horrível. É um hotel pequeno para refugiados, com insetos. É sujo, a comida é péssima e não lhe dão a oportunidade de mudar-se para uma casa que já está alugada". As palavras são da mãe de Novak Djokovic, Dijana Đoković, acerca da unidade hoteleira onde o tenista sérvio ficou retido por uns dias.
Novak Djokovic viajou até Melbourne para disputar o Open da Austrália 2022 em busca do inédito 21.º triunfo em torneios do ‘Grand Slam’, algo nunca alcançado por parte de um tenista. Após aterrar na cidade australiana, as autoridades de imigração locais revogaram o visto - e isenção médica - por não cumprir os requisitos de entrada no país, nomeadamente por não estar vacinado contra a COVID-19.
O tenista sérvio, atual número um do mundo, ficou retido no The Park Hotel Melbourne enquanto aguardava uma decisão por parte do Tribunal, que viria a ordenar a libertação do atleta de 34 anos.
A retenção de Djokovic gerou uma onda de protestos à porta do hotel por parte de apoiantes e família.
"O hotel de terror onde Novak está hospedado tem uma história horrível, uma onda mortal espalhou-se a partir de lá", escreveu o jornal sérvio 'Telegraf'.
As imagens que veremos na fotogaleria abaixo servem de divulgação do hotel, portanto, não podem servir de reflexo da atual situação vivida pelos hóspedes retidos, uma vez que as críticas são, principalmente, dirigidas para a forma como estes são tratados.
O Park Hotel Melbourne é uma unidade hoteleira de quatro estrelas e está localizada nos subúrbios de Carlton. Recentemente tem servido para hospedar pessoas que têm de fazer quarentena à chegada ao país e onde estão ainda alguns refugiados.
Em outubro de 2021, o jornal inglês The Guardian noticiou que alguns funcionários do hotel o apelidaram de "incubadora" da COVID-19. Também o canal 7News avançou que 90% das infeções no estado de Victoria nesse mês tiveram origem neste hotel, sendo apontada como principal causa a fraca ventilação.
Comentários