Cheguei a Burano num dos primeiros barcos da manhã. Era domingo e a colorida vila piscatória ainda estava a dormir.

Os passeios estavam vazios e a única coisa que eu conseguia ouvir era a canção “True colors” de Cindy Lauper que teimava em passar na minha cabeça enquanto eu caminhava por entre as casinhas coloridas e via os barcos nos canais. Tudo parecia parte do cenário de um filme. Não parecia real!

Diz a lenda que um pescador da ilha foi o primeiro a pintar a sua casa em cores vivas, para que pudesse vê-la enquanto pescava, e depois todos os outros o imitaram.

As casas em Burano seguem um padrão de cor especial, que data da idade de ouro da ilha, quando o povoado era próspero e estava em plena expansão.

Hoje em dia, quem vive em Burano e quer pintar a sua casa tem de enviar uma carta às autoridades locais que depois decidem de que cor a pessoa está autorizada a pintar o seu lote.

As rendas são outro dos grandes destaques desta pequena ilha. As mulheres de Burano são especialistas nesta arte desde o século XV, quando, segundo se conta, o próprio Leonardo da Vinci ali foi comprar rendas para adornar a sua roupa. Hoje em dia, as lojas locais continuam a vender belas e delicadas rendas.

À medida que o relógio avançava, as ruas começaram a encher. Muitas pessoas dirigiam-se para as igrejas para assistir à missa dominical, enquanto outras sentavam-se nos cafés para tomar o pequeno almoço.

Se vierem a Veneza não deixem de visitar Burano, basta apanhar o Vaporetto nº12 de Fondamenta Nuove. A viagem dura cerca de 45 minutos.

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Artigo originalmente publicado no blogue The Travellight World