A Boeing está pronta para apresentar a atualização aos oficiais e pilotos das linhas aéreas americanas American, SouthWest e United, em Renton, no estado de Washington, onde as aeronaves são montadas, disseram as fontes.
"A Boeing já concluiu as medidas de correção necessárias para o MAX", destacou uma fonte da indústria em anónimo.
No entanto, a versão ainda terá de ser aprovada pela Administração Federal de Aviação (FAA), uma das autoridades que decidiu deixar o 737 MAX no solo após os dois acidentes fatais ocorridos nos últimos cinco meses.
As empresas aéreas American Airlines e Southwest agendaram para este sábado a realização de testes em simuladores com a versão atualizada do software, segundo as fontes.
A FAA deu a Boeing até abril para fazer os ajustes necessários neste sistema de estabilização de voo conhecido como MCAS (Maneuvering Characteristics Augmentation System), que esteve envolvido no acidente da Lion Air no passado outubro.
Os acidentes que envolveram as aeronaves da Lion Air, na Indonésia, e da Ethiopian Airlines, em março, deixaram um total de 346 mortos e geraram preocupação em relação à segurança da certificação do modelo 737 MAX 8.
Um porta-voz da United Airlines, que tem uma frota com 14 aviões 737 MAX 9, confirmou a assistência da companhia na sessão de treino.
A Southwest e o seu sindicato de pilotos SWAPA enviaram especialistas da sua equipa técnica de pilotos e de treino à Boeing para rever a documentação, segundo um porta-voz. A empresa aérea é uma das principais clientes do 737 MAX 8, contando com 34 aparelhos.
Além de apresentar uma versão melhorada do software, a Boeing também finalizou a atualização dos manuais de instrução e de treino de pilotos, de acordo com as fontes.
"Estamos a trabalhar com todos os operadores do 737 MAX e continuamos a agendar reuniões para dar informação sobre os nossos planos de apoio à frota do 737 MAX", disse uma porta-voz da Boeing, que se negou a confirmar o cronograma para as mudanças.
A Boeing vai tratar do treino dos pilotos e está a organizar o cronograma dos cursos com os clientes da companhia aérea do 737 MAX, disse a empresa à AFP. Os custos do treino e a fatura para o desenvolvimento da atualização do MCAS serão da responsabilidade da fabricante.
A empresa também decidiu que todas as suas aeronaves terão um sinal luminoso de alerta, uma característica que até agora era opcional e paga, disse uma fonte do setor à AFP na passada quinta-feira.
Chamado de "disagree light", este sinal de alarme é acionado se uma ou duas sondas do sistema MCAS, que medem o ângulo de estabilização, transmitirem informações erradas.
Nenhuma das duas aeronaves envolvidas em acidentes eram equipadas com este dispositivo, disse a fonte anónima.
Fonte: AFP
*Notícia atualizada a 25 de março de 2019
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