A estátua em bronze de "Teddy" Roosevelt, presidente dos Estados Unidos de 1901 a 1909, cuja retirada foi anunciada em junho de 2020, há 80 anos domina a entrada do Museu de História Natural americano em Nova Iorque.
O museu informou que os trabalhos "levarão meses", sem dar uma data para a retirada definitiva.
A estátua de Roosevelt mostra-o a cavalo, seguido por um negro e um indígena a pé, uma representação degradante para o Museu de História Natural, que tinha pedido a retirada do monumento à cidade de Nova Iorque.
O anúncio, em junho de 2020, ocorreu pouco após a morte de George Floyd, um afro-americano assassinado por um polícia branco em Minneapolis, um caso que provocou uma revolta nos Estados Unidos contra o racismo.
Desde então, outras personalidades históricas ficaram na mira, como os ex-presidentes Andrew Jackson e Thomas Jefferson. Em setembro, a gigantesca estátua do general confederado Robert Lee, símbolo do passado esclavagista do país, foi desmontada na Virgínia.
Embora para muitos esta revisão da história seja saudável, personalidades políticas e historiadores estão preocupados com uma corrida sem fim no que parece ser uma "cultura do cancelamento".
A estátua de Roosevelt irá, graças a um empréstimo, para a futura biblioteca presidencial Theodore Roosevelt, em Dakota do Norte.
Este museu, em homenagem ao ex-presidente americano, com previsão para abrir as portas em 2026, prometeu recontextualizar o objeto que qualifica de "problemático", juntamente com representantes dos povos indígenas e negros.
Mais recentemente, a cidade de Nova Iorque anunciou a retirada da Câmara municipal de uma estátua de Thomas Jefferson, pai fundador dos Estados Unidos, porque usou centenas de escravos nas suas plantações na Virgínia.
Juntamente com George Washington e Abraham Lincoln, Thomas Jefferson e Theodore Roosevelt fizeram parte do grupo de quatro grandes presidentes, cujos rostos foram esculpidos na rocha do célebre e turístico Monte Rushmore, em Dakota do Sul.
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