Devido à falta de estradas transitáveis, os helicópteros são um meio de transporte essencial nos vales e encostas dos Himalaias, especialmente em caso de emergência.
No entanto, com o aumento do turismo na região montanhosa, as viagens de helicóptero dispararam nos últimos anos, especialmente no Parque Nacional Sagarmatha, que abriga o pico mais alto do mundo, o Everest.
Por mil dólares (cerca de 963 euros), um helicóptero pode transportar turistas ao Acampamento Base do Everest, evitando um percurso a pé que costuma durar quinze dias.
Segundo a Associação de Operadores Aéreos do Nepal (AOAN), existem em média 15 voos diários deste género, número que pode chegar a 60 durante a alta temporada. As autoridades do parque consideram excessivo.
"É uma área geologicamente muito sensível, os voos de helicóptero em baixa altitude perturbam o meio ambiente e os empregos, porque mantêm os montanhistas afastados", disse à AFP Sushma Rana, responsável do parque.
Como consequência, a AOAN decidiu pôr fim a estes voos.
"Suspendemos todos os voos na região do Everest até que o governo garanta a segurança dos pilotos e um local para pousos de emergência", disse à AFP o vice-presidente da organização, Pratap Jung Pandey.
Mais de 50.000 turistas visitam a região do Everest todos os anos.
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