A obra está escrita em Latim, Spes Missai. O nome de Missa da Esperança tem a ver com o primeiro confinamento a que a pandemia nos obrigou, “em que, como todas as outras pessoas, estava refugiado em casa e aproveitei para compor a obra. Na altura tinha a sensação de que ainda seria estreada nesse ano, daí o nome da missa.”
A esperança e a estreia da obra de Luís Cipriano foram adiadas algumas vezes devido à pandemia. A última foi esta semana quando esteve agendada a sua estreia na Covilhã.
A obra espelha esses sentimentos: angústia e esperança. “Há uma certa mistura. A missa tem 11 andamentos. Alguns têm essa angústia e há outros que simbolizam a esperança ou o regresso à normalidade. Andamentos como o Aleluia, Glória... são andamentos, atendendo àquela época, quase vitoriosos, de vencermos a situação em que estávamos quase todos a passar.”
A estreia da Missa da Esperança estava prevista ser executada por cerca de 80 músicos. “Está escrita para orquestra de cordas, coro misto e coro infantil”.
Luís Cipriano vive na Covilhã onde é maestro e impulsionador de várias iniciativas e organizações ligadas ao ensino e promoção da música. Uma das organizações é a Associação de Cultura da Beira Interior – ACBI.
Como compositor tem uma vasta obra. Várias sinfonias, mais de 15 missas e duas Oratórias de Natal. Uma delas foi escolhida pela Palestina para a cerimónia dos dois mil anos de Jesus Cristo e estreou na igreja de Santa Catarina em Belém, onde se acredita que nasceu Jesus Cristo.
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