Mais de 180 mil portugueses visitaram o Brasil em 2023, mais 21% do que no ano anterior, disse à Lusa o presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur).
Um total de “182.000 portugueses visitaram o Brasil em 2023, um número 21% maior que no ano anterior” detalhou Marcelo Freixo, em declarações à Lusa a propósito da expetativa sobre o número de turistas esperado para o Carnaval no Brasil.
Os portugueses foram a sétima nacionalidade que mais visitou o país em 2023, atrás da Argentina (1,9 milhões de visitantes), Estados Unidos (668 mil), Chile (458,5 mil), Paraguai (424,5 mil), Uruguai (334,7 mil) e França (187,5 mi).
Os turistas internacionais injetaram 6,42 mil milhões de euros no Brasil em 2023, um novo recorde para o país, indicou esta semana o Governo brasileiro, revelando um crescimento anual de 41%.
As receitas turísticas do ano passado foram 1,5% superiores às do Campeonato do Mundo de Futebol, realizado pelo país em 2014.
“Conseguimos um número muito surpreendente, até para nós mesmos”, sublinhou Marcelo Freixo, considerando que a entrada de Lula da Silva na presidência foi um dos fatores determinantes para os valores recordes.
“O Brasil voltou. O Brasil da democracia, da sustentabilidade, o Brasil da cultura. Era o Brasil que o mundo sentia saudade”, sendo que “essa conjuntura política foi muito favorável ao nosso trabalho na Embratur de promoção no Brasil no exterior”, disse o responsável máximo pela promoção, marketing e apoio à comercialização dos destinos brasileiros no exterior.
O Brasil ambiciona chegar aos 10 milhões de turistas estrangeiros em quatro anos, depois de em 2023 ter acolhido quase seis milhões, mais 62,7% do que o registado em 2022.
“O Brasil já é o maior destino de ecoturismo, pode ser um dos maiores destinos de turismo de negócios, pode ser um dos grandes destinos de sol e praia”, sublinhou Marcelo Freixo, considerando que o maior desafio que o país enfrenta para acolher ainda mais turistas é a frequência de voos.
“Nós precisamos de avião, precisamos de mais conexão aérea, esse é o obstáculo maior para a gente ter esse volume de turistas compatível com a riqueza brasileira”, afirmou, notando a necessidade de “trazer novas companhias" para o país para que este seja "mais competitivo”.
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