O Governo dos Açores considerou hoje que a implementação do ‘shuttle’ no acesso à Lagoa do Fogo, em São Miguel, está a correr “razoavelmente bem”, mas reconheceu que existem “limitações” devido a “dores de crescimento”.
“[O ‘shuttle’] está a cumprir. Com as limitações que nós temos, mas são as limitações das dores de crescimento. Está a correr razoavelmente bem. Nos primeiros dias, houve ocupações na ordem dos 90%”, declarou a secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas.
Berta Cabral falava aos jornalistas no Palácio da Conceição, em Ponta Delgada, à margem da apresentação das deliberações do Conselho do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM).
Desde 15 junho que foi implementado um transporte de ‘shuttle’ no acesso à Lagoa do Fogo, ficando a circulação limitada às viaturas dos residentes e vedada a automóveis de rent-a-car.
PS e IL alertaram na quinta-feira para a falta de fiscalização e de informação no acesso à Lagoa do Fogo.
Hoje, Berta Cabral realçou que o acesso via ‘shuttle’ àquela Reserva Natural é uma “experiência piloto” e afirmou que têm existido “melhorias na sinalização”.
“Sobre os partidos políticos, não me pronuncio. Com os partidos políticos, se fazemos é porque fazemos. Se não se faz, é porque não se faz. Nós fazemos. Melhoramos o que fazemos e aprendemos com o que fazemos”, assinalou.
A governante admitiu “problemas” na fiscalização, mas alertou que os “visitantes deviam respeitar as regras, com ou sem policia” no local.
“Sendo uma experiência piloto, e embora tendo bebido inspiração ao funcionamento do ‘shuttle’ utilizado em Sintra, a verdade é que temos as nossas próprias especificidades. É uma via regional com algumas limitações. Tivemos de criar condições para isso. Tudo isso foi feito tempo recorde”, salientou.
Berta Cabral avançou que a intenção do Governo Regional é que o controlo do acesso à Lagoa do Fogo passe a ser feito por elementos da secretaria do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas em vez de agentes da Polícia de Segurança Pública.
A propósito dos constrangimentos verificados na Lagoa do Canário no sábado, a secretária regional admitiu que “são os pontos de visitação” turística que “constituem pontos de estrangulamento” e que merecem a “atuação” do Governo dos Açores.
“Grande parte do constrangimento na Lagoa do Canário tem a ver com o facto de estarmos a fazer obras no parque de estacionamento para libertar esse parque para julho e agosto só que o turismo, felizmente, está a crescer nos Açores desde janeiro”, assinalou.
Berta Cabral condenou ainda o comportamento de alguns turistas, afirmando que se “não estacionassem mal, não existiriam constrangimentos”.
O ‘shuttle’ para a Lagoa do Fogo é gratuito para os residentes e tem um custo de cinco euros para não residentes.
Este serviço de transporte, prestado pela empresa Atlanticoenergy, sai da Caldeira Velha, no concelho da Ribeira Grande, e termina na Casa da Água, na Lagoa, fazendo depois o percurso inverso.
O transporte funciona em regime ‘hop on hop off’ e cobre cerca de 14 quilómetros, passando por seis pontos de atração turísticas, das 09:00 às 19:00, todos os dias da semana, incluindo feriados nacionais, regionais ou municipais, até 30 de setembro.
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