A Ecopista do Vouga, que representou um investimento superior a quatro milhões de euros nos concelhos de Viseu, São Pedro do Sul, Vouzela e Oliveira de Frades, será inaugurada na sexta-feira, concretizando uma ambição antiga.
“Era uma ambição de muitos anos da Comunidade Intermunicipal (CIM Viseu Dão Lafões) e da região, no âmbito da estratégia que temos vindo a trilhar”, disse à agência Lusa o secretário executivo daquele organismo, Nuno Martinho.
Segundo o responsável, a comunidade Intermunicipal “já tinha o estudo prévio feito desde o ano de 2011 e depois foi feito o projeto de execução, que teve de ser ajustado à nova realidade”.
Construída sobre o antigo ramal ferroviário da linha do Vouga, a Ecopista do Vouga atravessará os concelhos de Viseu, São Pedro do Sul, Vouzela e Oliveira de Frades. Na cidade de Viseu, terá ligação à Ecopista do Dão (na zona do tribunal), que passa também pelos concelhos de Tondela e Santa Comba Dão.
“Temos 50 quilómetros no Dão e agora mais 65 no Vouga. São 115 quilómetros desta vertente do ‘walking’ e do ‘cycling’ ligados fisicamente”, frisou Nuno Martinho.
Essa ligação das duas ecopistas “torna a infraestrutura fantástica para cada vez atrair para a região mais turistas” que procuram o turismo de natureza.
O secretário executivo de Viseu Dão Lafões disse que esta obra deveria ter sido inaugurada no início do verão, mas o atraso na entrega de materiais, concretamente de madeira, não o permitiu.
“Foi também necessário resolver questões pontuais em cada um dos municípios e, portanto, levou a um atraso de dois, três meses, para estar em condições de ser inaugurada. Foram questões pequenas e o atraso também não foi muito significativo”, acrescentou.
De acordo com Nuno Martinho, o custo total da obra ultrapassou os 4,1 milhões de euros – mais de 700 mil euros acima do previsto – sobretudo devido “a revisões de preços provocadas pelo aumento dos custos dos materiais”.
Isso “levou a algumas questões de financiamentos da obra, nomeadamente por parte de cada um dos quatro municípios”, uma vez que foram eles que ficaram responsáveis por pagar a contrapartida nacional.
“Esta obra teve um financiamento do Turismo de Portugal de dois milhões de euros. Portanto, temos aqui uma obra financiada a mais de 50% por parte dos municípios, o que, de facto, criou alguns estrangulamentos”, admitiu.
Nuno Martinho lembrou que a Comunidade Viseu Dão Lafões está também envolvida no projeto da Ecovia do Mondego, com a sua congénere da Região de Coimbra.
“Este produto compósito, para nós, é a cereja em cima do bolo, porque associa-se aos nossos percursos pedestres, de ‘trail’ e de BTT e ao nosso projeto das Bike Roads, em que pegámos nas estradas de montanha e estruturamos um produto”, realçou aquele responsável, acrescentando que, no total destes projetos, estão “mais de 1.700 quilómetros sinalizados e homologados nas respetivas federações”.
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