O sumptuoso palácio, outrora decorado com folhas de ouro, pedras preciosas e pérolas, está em ruínas. Mas os visitantes podem ver as latrinas, muito bem preservadas, bem ao lado do local.

O palácio foi projetado para aliviar o imperador do calor sufocante do verão romano.

Segundo os arqueólogos, provavelmente Nero sentou-se num trono de mármore com uma fileira de fontes à frente, e à sombra de um dossel de seda.

Porém, não conseguiu aproveitar durante muito tempo o Domus Transitoria, assim chamado por permitir unir as duas colinas, Palatino e Esquilino.

Na noite de 18 de julho de 64, um incêndio devastou Roma. Durante uma semana a cidade ardeu em chamas que também destruíram o palácio. As ruínas ainda preservam vestígios do fogo.

Nero ordenou então que fosse construído rapidamente um novo palácio, o imenso Domus Aurea, um sumptuoso complexo de edifícios com jardins, vinhedos e até um lago artificial.

Ironia da história, são as latrinas, provavelmente construídas para os trabalhadores e escravos empregados na vasta obra, que resistiram melhor ao longo do tempo.

Um boato histórico diz que foi o próprio Nero quem ordenou o incêndio. O historiador Tácito conta que o imperador acusou os primeiros cristãos, que sofreram violentas perseguições.

Fonte: AFP