Com 500 milhões de falantes nativos, o espanhol é a segunda língua nativa mais falada no mundo, depois do mandarim, informou esta segunda-feira (30) o Instituto Cervantes, que pede o reforço do seu uso em áreas como a ciência para manter o seu lugar de prestígio.

"Somos a segunda língua do mundo em falantes nativos depois do mandarim", assinalou o diretor do Instituto Cervantes, Luis García Montero, num comunicado de imprensa, ao partilhar que "já somos verdadeiramente 500 milhões de falantes".

O relatório anual sobre a evolução do espanhol, publicado por esta instituição que promove o idioma mundialmente, também nota que quase 600 milhões de pessoas, praticamente 7,5% da população do planeta, "são potenciais utilizadores do espanhol", contando quem já o tem como língua nativa, os que conhecem um pouco ou que estão a estudá-la.

Apesar de "nos sentirmos orgulhosos da importância do espanhol", não se deve cair na "autocomplacência", disse García Montero, já que se espera "que ao longo do século a demografia" dos falantes de espanhol "não aumente tanto" como o de outros grupos. Assim, é "aconselhável procurar pontos de apoio que tenham mais a ver com o prestígio da língua do que com a demografia" para manter o seu lugar de destaque, observou, incentivando o seu uso na "ciência, comunicação científica e tecnologia", acrescentou.

De acordo com o relatório de 2023, o espanhol continua a ser a terceira língua mais utilizada na internet, perdendo apenas para o inglês e o mandarim, e a quarta em termos de número total de falantes, tendo em conta os nativos e os que estão a aprendê-la.