O Conselho Executivo da Câmara Municipal apoiou a iniciativa depois da recomendação da Unesco em adicionar Veneza à lista do património mundial ameaçado, em parte devido ao impacto do turismo de massa. A recomendação será discutida neste mês, durante a reunião do Comité do Património Mundial.
"É necessário regular o fluxo de turistas em alguns períodos, mas isso não significa fechar a cidade", ressaltou o autarca, Luigi Brugnaro. "Veneza estará sempre aberta a todos."
Longamente debatido, o projeto ainda precisa ser aprovado pela Câmara Municipal em conjunto. Muitos detalhes ainda estão indefinidos, como o número de ingressos que poderão ser reservados.
O Conselho concordou em testar o sistema por 30 dias, provavelmente durante os feriados e fins de semana da primavera e do verão de 2024. Ficarão isentos moradores, trabalhadores não residentes, estudantes e menores de 14 anos, bem como os turistas que pernoitarem na cidade.
"O objetivo é desencorajar o turismo diário em determinados períodos, dada a fragilidade e singularidade da cidade", explicaram autoridades locais. Os demais moradores da região do Véneto provavelmente não terão que pagar, mas precisarão reservar a visita, assinalaram."
"Veneza será pioneira em nível global", declarou a vereadora Simone Venturini, ligada à área do turismo. O projeto não visa o lucro - uma vez que a taxa cobrirá apenas os custos do sistema-, e sim a encontrar "um novo equilíbrio entre os direitos de quem vive, estuda ou trabalha em Veneza, e os de quem visita a cidade", afirmou.
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