O Centro Pompidou de Paris está a preparar-se para a mudança da sua extensa coleção de arte moderna nos próximos meses, a qual será exibida na França e no exterior, antes de iniciar obras de restauração a partir de 2025, com a duração de cinco anos.

A mudança começará em outubro, após os Jogos Olímpicos de Paris.

O museu fechará as suas portas completamente no verão de 2025, conforme anunciado pelo presidente da instituição, Laurent Le Bon, em conferência de imprensa.

O Centro Georges Pompidou possui um acervo de arte moderna e contemporânea com cerca de 140 mil obras. Deste total, 3 mil estão em exposições permanentes.

Localizado na Avenida Champs-Élysées, e também em processo de restauração, o Grand Palais abrigará a maior parte dessa coleção permanente.

Projetado pelos arquitetos Renzo Piano e Richard Rogers, o Centro Pompidou foi inaugurado em 1977.

A sua fachada, revestida de um lado com tubos metálicos de diferentes cores e, do outro, por enormes polias (rodas) metálicas e uma aparente escada rolante, é uma das imagens mais populares do centro de Paris. Todavia, a sua estrutura metálica sofre um desgaste prolongado, exigindo várias intervenções no passado.

Desta vez, as obras vão concentrar-se na remoção do amianto do edifício, com um investimento de 260 milhões de euros.

O Grand Palais, que sediará as competições de esgrima e taekwondo durante os Jogos Olímpicos, dedicará duas galerias de 2.000 m² e 800 m² para expor, anualmente, quatro grandes exposições das obras do Pompidou.

Outras 6 mil a 8 mil obras serão distribuídas por outros museus em Paris, no resto da França e também no exterior, como exposição, ou trocas de coleções.

O Centro Pompidou tem diversas filiais à volta do mundo, da cidade espanhola de Málaga até Xangai.

O museu parisiense planeia abrir outra filial em Seul e presta consultoria ao estado brasileiro do Paraná, para a criação de um museu de arte, em 2026, além de aconselhar a Arábia Saudita na criação de outro centro museológico em Al-Ula.