Acho que nós enquanto região temos de pensar seriamente no turismo como uma indústria que deve crescer de forma sustentada. Receio que ainda estejamos dependentes de algumas operações pontuais e que, na ausência destas, possa não haver um crescimento sustentado", sinalizou o responsável, em declarações à agência Lusa.
Definindo a atividade turística como uma das "maiores indústrias do mundo", Rodrigo Rodrigues disse que os Açores têm nesta atividade uma "das poucas saídas" para o crescimento económico e a "criação de emprego e riqueza".
"Os Açores têm de olhar de uma vez por todas para o turismo como uma das maiores indústrias do mundo", considerou, mesmo reconhecendo que "é normal que nem todas as nove ilhas possam crescer ao mesmo ritmo".
De todo o modo, prosseguiu o responsável, "há indicações claras de que o aumento dos postos de trabalho diretos e indiretos" na região tem muito que ver com a atividade turística.
Ainda sem números referentes ao verão deste ano, Rodrigo Rodrigues disse que os indicadores são "positivos" em matéria, por exemplo, de dormidas, com a Terceira e Santa Maria a serem as únicas ilhas que "provavelmente" não crescerão acima da média na hotelaria tradicional.
"Na Terceira não vai haver um grande crescimento, até porque há um decréscimo claro da hotelaria tradicional e um aumento da procura do alojamento local", considerou o presidente da Câmara do Comércio.
Quanto às acessibilidades aéreas para a região, nomeadamente um hipotético regresso da operação da TAP para a ilha do Faial - atualmente opera apenas para São Miguel e Terceira -, Rodrigo Rodrigues considerou que esta é uma "questão política e pouco prática".
"Conhecendo a companhia e a gestão atual, parece-me uma questão mais política do que prática. A região deve preocupar-se com o que pode resolver e melhorar", acrescentou, falando da operação da Sata Air Açores, que faz as ligações entre as nove ilhas do arquipélago.
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