Conhecida em tempos como a "cidade dos sete conventos", devido à sua tradição religiosa, Portalegre possui um vasto número de receitas de doces conventuais, com origens remotas, que estão guardadas a “sete chaves” pelas doceiras.

Com palco no Convento de São Bernardo, na cidade de Portalegre, o certame é promovido pelo município com o apoio da Associação de Produtores para a Valorização e Qualificação dos Produtos Tradicionais Portugueses (QUALIFICA) e da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo.

“Este é um evento consolidado e que chegou à maioridade. Queremos que cresça ainda mais, com qualidade, uma vez que é um marco na agenda gastronómica da doçaria conventual”, disse à agência Lusa a presidente da Câmara de Portalegre, Adelaide Teixeira.

De acordo com a autarca, a edição deste ano da feira, hoje apresentada em conferência de imprensa, vai contar com “algumas novidades”, como uma mostra de xícaras, com peças cedidas pelo Museu Municipal de Portalegre e pelo Solar das Avencas, e o lançamento do livro “Doçaria Portuguesa - Sul”, de Cristina Castro, com prefácio de Maria de Lourdes Modesto.

“Vamos também ter um concurso de doces e de licores que vão ser avaliados pela Confraria Gastronómica do Norte Alentejano, por elementos da Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre, Natur-al-Carnes e pela QUALIFICA”, acrescentou.

Além dos doces e licores, o certame tem também para oferecer os ateliers “mãos na massa”, vocacionados para os mais pequenos.

Na sala de armas do mosteiro vai ser instalado um salão de chá, por iniciativa da Conferência de São Vicente de Paulo.

“Além destes pontos de interesse, vamos ter uma animação cultural feita pelas associações culturais do concelho”, sublinhou.

Na Feira de Doçaria Conventual e Tradicional podem ser saboreados vários doces, como barrigas de freira, pães de rala, toucinhos-do-céu, fidalgos, ovos-moles, castanhas de ovos, rebuçados de ovos e amêndoas de Portalegre, pastéis de Belém e de Tentúgal, Lampreia de Amêndoa, fartes e queijinhos do céu.

Fonte: Lusa