Quando seis municípios se unem em torno de um bem comum, o resultado não poderia ser outro, que não uma promoção turística ímpar, num território a (re)descobrir. Montalegre, Chaves, Boticas, Ribeira de Pena, Vila Pouca de Aguiar e Valpaços desfazem “fronteiras” territoriais para edificar uma oferta excecional, agregada pela arte de bem receber.

Sob o mote “Água. Uma Experiência Cultural”, os seis municípios dispersam-se, diluem-se e mergulham num roteiro turístico de exceção.

A Comunidade Intermunicipal possui um Posto de Turismo dedicado, situado em Chaves, onde o visitante poderá informar-se sobre as potencialidades da região, conhecer os pontos de interesse e traçar um percurso de visitação personalizado.

Montalegre, natureza em estado puro

Entre cascatas, albufeiras, miradouros, lagoas e piscinas naturais, a paisagem não poderia ser mais promissora. O território natural de Montalegre é, por si só, um motivo inabalável para visitar a região. Adicione-se um património secular, uma gastronomia típica, uma cultura tradicional e obtém-se, rapidamente, uma equação riquíssima de valores e fatores que dão aos visitantes lampejos de perfeição. A fórmula completa-se com uma hospitalidade genuína, no aconchego da “casa da avó”.

Montalegre
Montalegre Cozinha de Fumeiro, Montalegre créditos: Paulo Soares

A autenticidade não se ensina, é marca identitária de um povo rural, que nos faz voltar às origens, que tanto procuramos e precisamos, sem disso ter conta e que conta tanto do que há para experienciar.

Castelo de Montalegre
Castelo de Montalegre Castelo de Montalegre créditos: Paulo Soares

O que fazer: Percursos pedestres e montanhismo, património histórico e religioso, pesca, parapente e praia fluvial.

Atividades, feiras e festas: Feira dos Santos e dos produtos locais, Congresso de Medicina Popular, Folhateiros de Outeiro, Matança do porco, Feira do prémio do gado barrosão, Feira do Fumeiro e Presunto de Barroso, Lenda da Misarela, Queima do Judas, entre outras festividades e animação cultural.

Onde dormir: Casa Albelo do Gerês, em Outeiro, com mais de 10 quartos, três bungalows e uma piscina exterior com vista panorâmica.

Casa Albelo do Gerês
Casa Albelo do Gerês Casa Albelo do Gerês créditos: Paulo Soares

Onde comer: Casa Albelo do Gerês, em Outeiro, com cozinha regional, onde o Cozido Barrosão, o Galo da Aldeia e o Cabrito da Serra encabeçam uma ementa recheada de produtos locais, confecionados numa cozinha de fumeiro.

Albelo do Gerês
Albelo do Gerês Albelo do Gerês, Montalegre créditos: Paulo Soares

Boticas: visitar, viver, ir e ficar

O centro da vila de Boticas é um convite ao bucolismo, com laivos de modernidade. É fácil perder-se no tempo, num passeio pelo Parque de Lazer Ribeiro de Fontão, como entrar em pleno século XXI, com edifícios modernos que albergam os principais serviços ou o imponente Centro de Artes Nadir Afonso, com exposição permanente de obras do autor.

Centro de Artes Nadir Afonso
Centro de Artes Nadir Afonso Centro de Artes Nadir Afonso créditos: Paulo Soares

Com um extenso património histórico, religioso e artístico, as aldeias de Boticas são fiéis depositárias das mais diversas tradições.

Em Vilar, o Boticas Parque Natureza e Biodiversidade apresenta-se como espaço de lazer, com uma fauna e flora diversificadas, onde as espécies de borboletas, aves de rapina e ervas aromáticas coroam o empreendimento. Palco de trails, trilhos, festivais e merendas, o parque alberga dois alojamentos, que promovem uma experiência rural personalizada.

Boticas Parque Natureza e Biodiversidade
Boticas Parque Natureza e Biodiversidade Boticas Parque Natureza e Biodiversidade créditos: Paulo Soares

A Fonte dos Amores, em Carvalhelhos, nascida de uma lenda antiga, é um de entre muitos pontos de interesse da região.

Distinguida como Património Agrícola Mundial, Boticas é berço de uma oferta gastronómica singular, com produtos regionais de excelência.

O que fazer: Percursos pedestres, redes de observatórios, património natural, histórico e religioso, aldeias preservadas, moinhos.

Atividades, feiras e festas: Mesinha de São Sebastião, Senhor do Monte, Nossa Senhora da Livração, Chegas de bois do Barroso, Feira Gastronómica do Porco, entre outras festas e feiras locais.

Centro de Boticas
Centro de Boticas Centro de Boticas créditos: Paulo Soares

Onde dormir: Boticas Hotel Art & Spa, com piscina aquecida, banho turco, jacuzzi, tratamentos de SPA e piscina exterior no rooftop.

Onde comer: Restaurante Abstrato, com responsabilidade gastronómica da chef Justa Nobre e do chef residente David Nobre, com uma ementa sustentada pelos melhores sabores do Barroso.

Chaves, da Estrada Nacional 2 às águas termais

Das curas termais às termas medicinais romanas, do quilómetro zero da Nacional 2 à Torre de Menagem, das fachadas impressionantes às muralhas ancestrais, do contemporâneo ao tradicional, o tanto que há para ser visto, visitado, saboreado e contemplado não pode cingir-se ou resumir-se em duas linhas.

Chaves
Chaves Chaves créditos: Paulo Soares

Com uma oferta hoteleira e de restauração de excelência, um património histórico e religioso riquíssimo e uma paisagem natural única, Chaves sabe conjugar o verbo viajar em todos os tempos e modos, numa região intemporal.

A rematar a enogastronomia da região, com o pastel de Chaves, o arroz de fumeiro, a posta à transmontana, a pêra bêbeda e os vinhos da sub-região de Chaves a encabeçar uma ementa regada com águas minerais renomadas, num menu recheado de produtos regionais diferenciadores.

Museu das Termas Romanas de Chaves
Museu das Termas Romanas de Chaves Museu das Termas Romanas de Chaves créditos: Paulo Soares

O que fazer: Cura termal, tratamentos de SPA, miradouros, percursos pedestres, termas medicinais romanas, património histórico e religioso, golfe, aldeias.

Atividades, feiras e festas: Feira dos Santos, Festa dos Povos em Aquae Flaviae, Festividades em honra de Nª Senhora das Graças, São Caetano, Sabores de Chaves, entre outras atividades e fins de semana dedicados.

Onde comer: Restaurante O Carvalho, numa ementa diversificada, onde se destaca o menu de degustação “Gentes do Tâmega”, com alheira com grelos, arroz de fumeiro, naco de vitela no borralho, pontuado com Migas à Carvalho ou pêra bêbeda.

Valpaços, em cada passo do vale

Terra de olivicultores, Valpaços reinventa-se para alargar a sua oferta turística, tendo por base os excecionais produtos de região, onde abundam a azeitona, a castanha, a amêndoa, a cereja e o figo. O Folar de Valpaços, no centro da mesa, rega-se com vinhos demarcados da sub-região.

Casa do Vinho, Valpaços
Casa do Vinho, Valpaços Casa do Vinho, Valpaços créditos: Paulo Soares

As suas freguesias oferecem uma panóplia de opções aos visitantes, desde o património histórico às paisagens naturais, onde a ruralidade e genuinidade prevalecem, como um cartão de visita único na arte de bem-receber.

Praias fluviais, a Ecovia do Rabaçal, o Santuário de Nossa Senhora da Saúde são referências do muito que há para visitar. Aconselha-se visita à Casa do Vinho que alberga a loja interativa de turismo, onde pode ficar a conhecer o muito que a região tem para oferecer.

Santuário de Nossa Senhora da Saúde
Santuário de Nossa Senhora da Saúde Santuário de Nossa Senhora da Saúde de Valpaços créditos: Paulo Soares

O que fazer: Ecovia do Rabaçal, Cooperativa de olivicultores de Valpaços, Nossa Senhora da Saúde, percursos e trilhos, património histórico, natural e religioso.

Atividades, feiras e festas: Feira do Folar, Feira de São Brás - Feira do Fumeiro, Feira Nacional do Azeite, Feira da Castanha, Festa do Bolo Podre, Feira da Cereja, entre outras propostas.

Onde dormir: Olive Nature, Hotel & Spa Quinta Valle de Passos, com piscina exterior, piscina interior, circuito de águas de relaxamento e tratamento de bem-estar. O espaço circundante, com olivais e vinhas, dedicado à produção de azeite e vinho Valle de Passos, em ambiente campestre, merece um passeio matinal.

Olive Nature
Olive Nature Olive Nature créditos: Paulo Soares

Onde comer: Restaurante Olive Nature, Quinta Valle de Passos, com menu de degustação, tachos tradicionais e pratos de carne, peixe e marisco, para todos os paladares, apurados pelos vinhos locais.

Vila Pouca de Aguiar e Ribeira da Pena

Dizem que as horas passam, por aqui, mais devagar. É possível que assim seja, com o correr dos dias. Mas dois dias não são suficientes para (vi)ver tudo o que a comunidade Alto Tâmega e Barroso tem para oferecer. O tempo foge, como a água que flui, em memórias e momentos únicos, numa região excelsa. O tanto que ficou por ver carece de nova visita. A exploração há-de fazer-se, por entre o Parque Termal de Pedras Salgadas e a Lagoa do Alvão, em Vila Pouca de Aguiar, o Pena Park Aventura e o Museu do Linho, em Ribeira da Pena. Brevíssimos apontamentos do muito que os dois municípios albergam. Como não voltar quando tanto ficou por contar?

Visita a convite da Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso