A história por trás de Petra é também toda ela feita do material de que as lendas são feitas: depois de ter sido construída, ou melhor, esculpida no século 4 A.C. pelo Nabatenos, Petra resistiu à invasão dos Gregos graças à sua localização estratégica, mas o mesmo já não aconteceu quando o Império Romano conquistou Petra. Mais tarde toda a zona passou para as mãos dos Bizantinos até, inexplicavelmente, ter ficado abandonada e perdida desde o século 8 até 1812, quando foi descoberta pelo explorador suíço Johann Ludwig Burckhardt e ganhou o cognome de cidade perdida.

Atualmente é redescoberta pelos milhares de visitantes que a exploram todos os anos e nada melhor do que algumas dicas para tirar o melhor proveito da visita, a começar pelos trilhos mais incríveis para explorar os 60 Km2 do sítio arqueológico.

Petra: os melhores trilhos e outras dicas para explorar a cidade perdida
créditos: Mundo Magno

Os melhores trilhos

O trilho principal: também conhecido por Siq, demora cerca de 20/30 minutos a percorrer e vai da entrada do sítio arqueológico até à atração principal de Petra, o Tesouro. O caminho é quase sempre plano e sem qualquer dificuldade e é difícil descrever o que se sente ao percorrer aqueles dois quilómetros por entre uma falha geológica natural, com 4 ou 5 metros de largura e 70/ 80 metros de altura. E no fim do caminho, o vislumbre

O trilho até ao miradouro do Tesouro: estando de frente para o Tesouro virar à direita e caminhar até ao fim do largo. Aí chegados encontrarão um trilho e é só subir durante uns 15 minutos. Ao longo do trilho há vários pontos para tirar fotos e até alguns vendedores de chá. O trilho tem só um sentido por isso no fim será necessário voltar pelo mesmo caminho.

O trilho do sacrifício: Estando no Tesouro é só continuar a descer até passarem pelo Teatro Nabateno e pelo Túmulo Unayshu até encontrarem um trilho à vossa esquerda que sobe em direção à montanha. O trilho é sempre a subir durante 30 minutos até chegarem ao topo e encontrarem as melhores vistas dos túmulos. Sim, os monumentos e fachadas de Petra são, na sua maioria, túmulos de nobres nabatenos.

Daqui podem voltar para trás, para o ponto onde começaram a caminhada, ou continuar para um outro trilho, o Wadi Farasa, que demora mais uma hora, mas termina no restaurante onde começa o trilho seguinte até ao mosteiro.

Petra: os melhores trilhos e outras dicas para explorar a cidade perdida
créditos: Mundo Magno

O trilho do Mosteiro: esta caminhada demora pelo menos 1 hora e é a mais exigente, mas vale muito a pena.

A partir do Tesouro continuar pelo caminho em frente e atravessar o vale até ao restaurante. Aí, à esquerda, encontram um trilho estreito por onde terão de subir e, mais tarde, regressar.

Outra atividade a não perder em Petra é o chamado “Petra by night”. Três vezes por semana, às segundas, quartas e quintas, às 20:30, toda a área à volta do Tesouro é iluminada por 1500 candeeiros. Custa 17 DN por adulto e é grátis para as crianças até aos 12 anos de idade.

Quando ir: as minhas duas visitas a Petra aconteceram nos meses de janeiro e fevereiro e foram perfeitas. A temperatura era amena e apesar de estar muita gente não era comparável às multidões no verão. Aliás, no verão as temperaturas ultrapassam facilmente os 40. ° o que torna as caminhadas muito difíceis. A melhor altura será, portanto, entre outubro e maio.

Quantos dias: vi muita gente chegar em excursões e ir apenas até ao primeiro monumento, o tesouro. É um grande desperdício estar num sítio arqueológico daquela dimensão e ficar apenas no início. Por isso, se puderem, reservem dois dias para visitar Petra. Aliás, esta é uma daqueles sítios em que quanto mais tempo ficam mais barato vai ficando.

  • Bilhete de 1 dia: 50 Dinar
  • Bilhete de 2 dias: 55 Dinar
  • Bilhete de 3 dias: 60 Dinar
  • Petra by Night: 17 Dinar

O que levar: mochila, muita água (dentro de Petra a água custa 5USD), snacks (só há um restaurante e é bastante caro), protetor solar, chapéu, roupa de Indiana Jones. Esta última é a brincar, mas não é má ideia… e muito espaço no cartão de memória para as centenas de fotos que vão querer tirar.

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Artigo originalmente publicado no blogue Mundo Magno