Com planeamento e organização, é simples contornar os erros e estar mais relaxado nas férias.
1. Levar o guarda-roupa todo
É muito difícil escolher a roupa das viagens, tendo em conta todos os cenários que nos passam pela cabeça: uma frente fria em agosto, uma festa VIP ou um evento desportivo. Mas só de pensar em carregar a mala para todo lado ou ultrapassar o limite de peso e ter de pagar uma taxa já é motivo suficiente para repensar neste tema.
Como fazer? Fazemos a mala, como normalmente, e depois retiramos 50%. É matemática que nunca falha.
2. Esquecer de verificar o serviço de roaming
Importantíssimo. Especialmente se precisamos fazer chamadas ou enviar sms, ou se vamos para fora da Europa. A página dos tarifários dos operadores de redes móveis têm no final, em letras pequeninas, a informação que nos interessa mais, onde está indicado a lista de países incluídos no nosso tarifário.
Se não quiser pagar nada e passa bem sem o telemóvel, deve desligar os dados móveis do aparelho, ainda antes de entrar no avião. Com o telemóvel em modo voo, consegue aceder a redes Wi-fi e, assim, usar as redes grátis.
Uma opção para quem viaja muitos dias é comprar um cartão SIM no país de destino, que inclua roaming internacional. Costuma existir logo nas chegadas dos aeroportos lojas que os vendem.
3. Ligações entre voos insuficientes
Quem compra bilhetes de várias companhias aéreas para a mesma viagem arrisca a perder o segundo voo porque não tem tempo para recolher a mala, fazer check-in e chegar à porta de embarque.
O melhor é reservar algumas horas de intervalo entre voos. Não só pela logística aeroportuária, como por causa de possíveis atrasos. Evita stress desnecessário.
Claro que há aeroportos pequenos que não justifica 3 horas entre voos, mas mais vale esperar descansado a ler um livro (ou a correr atrás do mini-viajante, no nosso caso), do que roer as unhas todas e rezar aos santos para não perder o voo seguinte.
4. Não trocar/levantar dinheiro logo na chegada
Assim que puser um pé fora do aeroporto já está a precisar da moeda local: metro, táxi, bagageiro, etc.
Se tem transfer incluído, até pode não precisar de dinheiro logo. Mas, no nosso caso, gostamos de começar logo a explorar e em mercados e restaurantes pequenos, normalmente, não aceitam cartões de crédito.
5. Não avisar o banco acerca da viagem
Eles não têm nada a ver com a sua vida pessoal. Mas os bancos estão atentos às transações no estrangeiro para evitar fraudes e depois congelam a conta. Já nos aconteceu em Lisboa o cartão não passar num pagamento. Quando fomos ao banco, informaram-nos que tinha sido cancelado por segurança devido a um pagamento de 300€ em Hong Kong. Nós, efetivamente, tínhamos vindo de lá, e todo este transtorno tinha sido evitado se tivéssemos informado o banco com um simples telefonema.
6. Não comprar seguro de viagem
Os bons seguros incluem cancelamentos, assim, se desistir de viajar, não vai perder o dinheiro todo.
Aqui também se inclui os seguros de saúde de viagem. Um pé torcido ou um acidente de viação podem causar um transtorno imenso, se não estivermos à vontade para ir ao melhor local de atendimento e regressar a casa, se for necessário, sem ter de comprar outro bilhete de avião.
7. Esquecer do visto
Se vai viajar para fora da União Europeia, o melhor é verificar sempre se há necessidade de visto. E com alguma antecedência.
Ficar bloqueado na imigração de um país estrangeiro, onde o mais certo é nem conseguirem comunicar na mesma língua, pode durar muitas horas e pode significar o fim da viagem.
Há empresas que tratam dos vistos para todo o mundo, mas cobram o serviço. Então, o melhor é tratar do assunto diretamente nos websites oficiais dos países para onde vão.
8. Querer visitar tudo numa só viagem
Quem quer visitar tudo e mais alguma coisa, num único local, acaba por nunca conhecer nada realmente. O mesmo acontece a quem numa semana quer conhecer vários países, mesmo que sejam vizinhos.
Estará apenas ocupado a andar de um lado para outro, sem desfrutar tranquilamente do local. É cansativo e stressante. No final da viagem, ficará uma estranha sensação de não ter visto nada. Ficam as fotos no Instagram, mas zero histórias para contar.
9. Não verificar bem as reservas
Seja dos voos, seja dos hotéis.
Por vezes os voos mudam os horários e as companhias aéreas avisam, dando sempre a hipótese do passageiro desistir sem prejuízo. Se confirmar a reserva, também evita ir para o aeroporto cedo ou atrasado.
Nos alojamentos, deve-se verificar sempre qual o tipo de contrato feito com o hotel na altura da reserva. Já nos aconteceu fazer o pagamento antes da chegada mas, na altura do check-in, foi-nos pedido o pagamento da estadia. Bastava ter o ficheiro PDF no telemóvel para verificar a reserva e evitar uma situação chata neste momento. Mas, nestas andanças, o lema é: viver e aprender.
Confirmar o berço para a criança também é fundamental.
10. Deixar as coisas de valor à mercê do gatuno
Roubos são a última situação com que querem lidar numas férias. Dinheiro e bens que não são reavidos, polícia, burocracia, seguros de viagem, provas... Situações que podem arruinar uma viagem.
Prevenir é a palavra de ordem. Como? Não ostentar bens valiosos consigo, deixar a maior parte do dinheiro no cofre, assim como os documentos de viagem.
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Artigo originalmente publicado no blogue Onde andam os Duarte?
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