Não sei se é o meu coração de poeta ou os meus olhos de viajante maravilhado com as pequenas coisas, mas a verdade é que, todos os anos, é impossível não me apaixonar pelo outono.
As cores, os sabores, os cheiros, a luz e aquela sensação de que em breve o cinzento vai se impor ao dourado. Portanto, há-que beber até ao último raio de sol estes dias gloriosos que antecedem tempos mais sombrios.
Dizem que é uma das melhores épocas para viajar e este ano, em Portugal, estamos a ser brindados com dias de sol e temperaturas amenas em que apetece pegar no carro e desfrutar em pleno desta estação do ano que é “mais da alma do que da natureza”, como descreveu Carlos Drummond de Andrade.
No fim de semana passado, em Baião, ao passar pelo Carvalhal da Reixela, acobreado pelo pôr do sol, ou a cruzar as vinhas douradas, que brilhavam na luz da manhã, não pude deixar de sentir a alma preenchida por este espetáculo da natureza.
Magnífico e, ao mesmo tempo, tão fugaz.
Antes que outono nos escape entre as folhas secas que se acumulam no chão, aproveitem os próximos dias – com dois feriados em vista – para sair de casa e passear por aí. Sugestões não faltam aqui no SAPO Viagens.
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