
Num dia cinzento e chuvoso, como são muitos no inverno portuense, cruzar as portas do The Social Hub Porto foi como receber um abraço reconfortante. Um ambiente arrojado dá-nos as boas-vindas, juntamente com o sorriso dos funcionários que se destacam no lobby que é também um bom cartão de visitas deste novo espaço da Invicta.
Não parece um típico lobby de hotel, há um café, juntamente com a receção aos hóspedes, e, logo a seguir, espaços para sentar, conviver, reunir e, até, brincar, com uma mesa de ping pong e outra de bilhar a convidarem a momentos de descontração.

É a partir daí que começamos a entrar no “mantra” da marca: “learn, stay, work and play”. Aprender, ficar, trabalhar e brincar. Sem nunca esquecer o lado lúdico que as experiências podem ter, sempre com a comunidade em primeiro lugar.
É assim que se afirma esta marca que surgiu, em 2012, nos Países Baixos com o objetivo de ser uma residência para estudantes onde estes pudessem usufruir de melhores condições do que nas residências habituais. Se fossem tratados como profissionais, iriam retribuir com mais responsabilidade e sentido de comunidade.
A ideia de Charlie MacGregor, o cérebro por trás do The Student Hotel (como foi chamado na altura o primeiro, em Roterdão), deu provas de que não estava errada e de um “hotel para estudantes” o projeto evoluiu para algo maior que está hoje presente em oito países da Europa, em 19 cidades e 21 unidades, com espaços que juntam hotelaria, coworking, eventos e residências para estudantes.
O “student” foi substituído pelo “social”, uma vez que no The Social Hub (TSH) a parte social é o que define o projeto. “Acreditamos que juntos criamos uma sociedade melhor”, afirma Marion Koopman, diretora comercial e de operações do TSH. “Construímos espaços onde as pessoas podem conectarem-se e compreenderem-se melhor, aprendendo mais”, sublinha a responsável, durante a apresentação do The Social Hub Porto à imprensa. Com um investimento de 60 milhões de euros e gerando 30 postos de trabalho diretos, o Porto recebe a primeira unidade de Portugal. Lisboa receberá a segunda, ainda sem data de abertura.

E como são feitas as conexões no The Social Hub? Podem acontecer numa pausa para café ou numa refeição, e no TSH Porto há três espaços propícios para isso, como podem ser construídas num dos muitos eventos promovidos pela marca. Mais de 200 por ano (apenas no hub do Porto), tanto para os hóspedes, como para a comunidade local. A começar pelo “Monday Morning Coffee” em que, à segunda-feira, o café é oferta da casa, até um clube de corrida que já aconteceu pela primeira vez e teve uma adesão fora da média.
Quem diria que num sábado de chuva de janeiro mais de 150 pessoas juntar-se-iam em frente ao edifício do TSH Porto para participar numa corrida de cinco quilómetros? A história é recordada por Nuno Silva, diretor da unidade da Invicta, que reforça a ideia de que “a comunidade é parte do nosso ADN”.

Por estes dias, “temos muitas pessoas a perguntarem o que é isso de Social Hub”, diz Nuno, e a verdade é que não existe apenas uma resposta. A primeira impressão que temos do edifício cor de vinho tinto visto de fora, na localização privilegiada junto à Praça de Dom João I, é que será mais um hotel, entre os muitos outros que pululam no Porto. Mas basta cruzarmos a entrada para sentirmos que estamos num sítio diferente que deixa um impacto positivo.
Esse impacto é medido não só pelos espaços bonitos e confortáveis que já são imagem de marca da TSH, mas também através do selo B Corp, uma certificação que confirma o compromisso da empresa com o impacto social e ambiental. Entre outras coisas, isso significa integração, diversidade, igualdade de género, bolsas a estudantes e trabalho voluntário para a comunidade.
Além disso, 1% das receitas da empresa vai para uma fundação recém-criada dedicada a estudantes sem possibilidades para seguir os estudos que são ajudados não só financeiramente, mas também através de um mentor que os acompanhará até ao final do processo.
Do cowork ao rooftop
Além das 310 acomodações que se dividem entre várias tipologias (do típico quarto de hotel para uma ou duas noites a uma estadia mais longa de até um ano num apartamento), o TSH conta com vários espaços comuns, que podem ser usados tanto pelos hóspedes, como pelos estudantes e, até, por alguém que escolha trabalhar a partir do hub.
Há um estúdio criado para a produção de conteúdos, um espaço pensado para entrevistas, podcasts, entre outros formatos. A seguir, há um ginásio e uma lavandaria – onde também acontecem DJ sets –, até que chegamos a uma ampla cozinha comunitária que irá, certamente, ser muito usada pelos futuros hóspedes estudantes. E como as melhores memórias se criam à volta da mesa, também o The Social Hub Porto contará com a figura da “Kitchen Mama”, uma cozinheira que ajudará os estudantes no preparo de refeições, conceito importado das outras unidades TSH.
Outra figura essencial para propiciar encontros e conexões é a “Connector”, um conceito também existente em todas as unidades da marca. É alguém da comunidade que está por dentro do que se passa no ecossistema local de forma a facilitar encontros entre pessoas com interesses semelhantes ou, até, ideias de negócio que possam ser apresentadas a um possível investidor.

Numa cidade que atrai cada vez mais empresas tecnológicas, é previsto que os espaços de coworking do TSH Porto (cerca 580 metros quadrados, com capacidade para 100 pessoas) sejam bastante concorridos. Existem, ainda, cerca de 450 metros quadrados de espaços flexíveis para reuniões e eventos, incluindo um auditório com capacidade para 250 pessoas.
Outro espaço que será, com certeza, um sucesso neste verão é o terraço com uma vista que abraça o centro da cidade. O rooftop conta, ainda, como uma piscina e um bar.
No dia 5 de abril, haverá um Open Day que vai dar a conhecer o The Social Hub Porto à cidade. “Todos são bem-vindos”, conclui Nuno Silva.
Comentários