O instituto, na publicação hoje divulgada, destaca que o forte crescimento do índice total do volume de negócios nos serviços reflete essencialmente efeitos base, pois em fevereiro do ano passado o índice global contraiu 19,9% devido às restrições decorrentes da pandemia, que afetaram especialmente a atividade de alojamento e restauração.

O índice não ajustado de sazonalidade e de efeitos de calendário registou uma aceleração de 8,6 pontos percentuais, para uma variação de 33% em fevereiro.

Para o crescimento do índice total contribuíram positivamente todas as secções, com destaque para a subida de 169,8% do alojamento, restauração e similares que aceleraram face ao aumento de 73,4% no período anterior.

Só o alojamento subiu 422,1%, contra 170,9% no mês precedente, enquanto a restauração e similares cresceu 139,9%, contra 59,7% em janeiro.

Todavia, o INE destaca que o índice do alojamento, restauração e similares é ainda inferior em 12,5% a fevereiro de 2020.

A secção do comércio por grosso, comércio e reparação de veículos automóveis e motociclos registou um aumento homólogo de 22,3%, acelerando 5,1 pontos percentuais (pp) face a janeiro.

Só o comércio por grosso aumentou 20,9%, enquanto o comércio, manutenção e reparação de veículos automóveis e motociclos cresceu 27,6% em fevereiro passado.

A secção dos transportes e armazenagem subiu 44%, o que o INE diz ter colocado este agregado de novo em patamares superiores (mais 2,2%) ao período pré-pandemia.

Nesta secção, o instituto destaca o desempenho dos transportes aéreos, que reforçaram o processo de recuperação, registando uma taxa de variação homóloga de 221,5%, (contra 115,2% em janeiro), permanecendo ainda assim 23,8% abaixo de fevereiro de 2020.

O INE conclui que, em fevereiro passado, apenas duas secções permaneciam em patamares "significativamente inferiores" a fevereiro de 2020, o último mês pré-pandemia: o alojamento, restauração e similares e as atividades administrativas e dos serviços de apoio.

Em fevereiro, a variação mensal do índice de volume de negócios foi 1,8%, contra 3,5% em janeiro.

Os índices de emprego, de remunerações e de horas trabalhadas ajustado de efeitos de calendário, apresentaram variações homólogas de 5,7%, 4,5% e 18%, respetivamente, contra 4,2%, 3,9% e 9,1% em janeiro, pela mesma ordem.

O INE destaca ainda que, em fevereiro, o índice de emprego subiu 0,6% em cadeia (variação de -0,8% em igual mês de 2021), e que os índices de remunerações e de horas trabalhadas registaram variações mensais de 0,3% e -2,1% (-0,2% e -9,5% em fevereiro de 2021), respetivamente.