Viveu quase todo o século XVIII e foi um médico ilustre e intelectual com porta aberta em várias academias europeias.
Destacou-se ainda por ter sido médico de uma czarina da Rússia, Anna Ivanova.
Um dos motivos porque andou pelo estrangeiro e nunca mais regressou a Portugal foi porque se exilou, após a denúncia de um familiar à Inquisição por práticas judaicas.
Em Portugal, Ribeiro Sanches aparentava ser um cristão novo e revelava o receio profundo que tinha da Inquisição: “Quando nasci, já a fogueira da Santa Inquisição fazia arder corpos e almas no Rossio de Lisboa e Évora, assim como nos Paços de Coimbra e Goa”. Ao viver no estrangeiro, em França e na Rússia, já lhe foi possível assumir-se como judeu.
O município de Penamacor está a criar um centro que evoca a memória de Ribeiro Sanches e de outros judeus que viveram nesta região. Trata-se da Casa da Memória da Medicina Sefardita António Ribeiro Sanches. O projeto vai estar concluído até ao final do ano e, em simultâneo, decorrem estudos e recolha de documentação.
A presença de judeus em Penamacor terá ocorrido durante quatro séculos e são visíveis algumas inscrições nas ombreiras das portas, próximo do castelo.
Inclusive, algumas das habitações teriam ligações internas.
Além dos vestígios dos judeus, Penamacor tem outros motivos de interesse como o centro histórico com o castelo, a porta da vila, o portal gótico da igreja da Misericórdia, a torre de menagem e a vista do antigo quartel.
Penamacor tem também o Museu Municipal, criado em 1949, e instalado agora no ex-quartel militar.
No concelho há também um conjunto vasto de património histórico.
O médico da czarina russa que era de Penamacor faz parte do podcast semanal da Antena1 Vou Ali e Já Venho e pode ouvir aqui.
A emissão deste episódio, O médico da czarina russa que era de Penamacor, pode ouvir aqui.
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