O comboio tem uma carruagem dedicada a Eugénio de Andrade e é fácil de identificar porque no exterior é dito que viaja pela poesia. No interior há poemas e várias referencias à vida e obra do poeta que nasceu e teve a sua infância no sopé da Gardunha.

Eugénio de Andrade
Comboio da Poesia ©CP créditos: Who Trips

A Câmara do Fundão e a CP promoveram a iniciativa do Comboio da Poesia que termina no final do ano e um dos objectivo é fazer descobrir as origens do poeta que nasceu em 1923 entre as mulheres vestidas de preto até à alma.

A casa onde José Fontinhas (o seu verdadeiro nome) viveu a infância foi recuperada.

Eugénio de Andrade
Casa onde viveu Eugénio de Andrade créditos: Who Trips

Fica na Rua da Eira é uma habitação de pedra, térrea e em frente tem um espaço que é dedicado a Eugénio de Andrade. É um pequeno jardim com oliveiras, imagens de pessoas da Póvoa de Atalaia, as rendas locais chamadas de Lérias e alguns poemas.

Eugénio de Andrade
Lugar da Casa créditos: Who Trips

Chamam-lhe o Lugar da Casa e faz parte de um roteiro, o Caminho Eugénio de Andrade, que passa ainda por casas de pedra com o balcão tradicional, a igreja matriz, caminhos rurais e linhas de água.

Eugénio de Andrade
Mural no fontanário créditos: Who Trips

Neste roteiro vale a pena ainda passar em frente de uma fonte que tem uma mural onde está a imagem do poeta.
O percurso mais longo alcança os 5 km e demora cerca de uma hora a fazer.

Eugénio de Andrade
Casa da Poesia créditos: Who Trips

O ponto de partida deste roteiro é a Casa da Poesia que foi inaugurada em Julho deste ano. Funciona numa antiga escola primária onde Eugénio de Andrade terá andado a estudar.

Eugénio de Andrade
Poema de Eugénio de Andrade créditos: Who Trips

Podemos ver manuscritos, fotografias, um vídeo, os principais momentos da vida de Eugénio de Andrade.

Eugénio de Andrade
Interior da Casa da Poesia créditos: Who Trips

Em exposição estão ainda alguns objectos pessoais como uma caneca, um par de sapatos e manuscritos.

Eugénio de Andrade
Sapatos de Eugénio de Andrade créditos: Who Trips

Os visitantes podem ainda consultar no local livros de Eugénio de Andrade.
O intercidades regressa ao final da tarde e, mesmo que o fim de Outono seja em Manhattan, do que Eugénio vai falar é das oliveiras de Virgílio e de Póvoa de Atalaia.

Fim de Outono em Manhattan

Começo este poema em Manhattan

Mas é das oliveiras de Virgílio

e da Póvoa de Atalaia que vou falar.

É às sombras das suas folhas

que os meus dias

cantam ainda ao sol

A sua canção vem do mar,

mas é com as cigarras e o trigo

maduro que aprendem a morrer.

O ar debaixo dos seus ramos dança,

alheio à luz suja de Manhattan.

No Comboio da Poesia até à Casa Eugénio Andrade faz parte do podcast semanal da Antena1, Vou Ali e Já Venho, e pode ouvir aqui.
A emissão deste episódio, No Comboio da Poesia até à Casa  Eugénio Andrade, pode ouvir aqui

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