A capital francesa é a cidade das luzes e do amor, mas também da irreverência e do mistério. Na década de 1920, os maiores artistas reuniram-se aqui em busca de inspiração, tanto pelo ambiente da cidade como pela troca de ideias entre si. Ernest Hemingway e F. Scott Fitzgerald foram alguns dos escritores que por lá estiveram, certamente inspirados por um dos maiores nomes da literatura francesa, Victor Hugo (autor de ‘O Corcunda de Notre Dame’ e ‘Os Miseráveis’). Reserve já a sua viagem a Paris * com a TAP e parta à descoberta destes e de muitos outros segredos.

Siga o trilho dos escritores em Paris

Enquanto vivia em Paris e escrevia ‘Ulysses’ (1922), James Joyce desabafava o seu amor pela capital francesa. «Há uma atmosfera de esforço espiritual aqui», confessou o escritor irlandês ao amigo pintor britânico Frank Bugden.

‘Os Miseráveis’ (1862) e ‘O Corcunda de Notre Dame’ (1831), de Victor Hugo, retratam as diferenças entre a nobreza francesa e os pobres, sendo este o mote perfeito para observar uma das catedrais mais antigas de França, em estilo gótico, e procurar as gárgulas que nos observam lá de cima.

Romances como o ‘Trópico de Câncer’ (1934), de Henry Miller, e ‘Paris é uma festa’ (a título póstumo, 1964), de Ernest Hemingway, mostram aos leitores a vida nómada dos escritores americanos que passaram por Paris no início do século XX.

Enquanto vivia em Paris na década de 1920, na Rive Gauche, Hemingway passava os inícios das manhãs em La Closerie des Lilas (Boulevard du Montparnasse, 171), a escrever muitas das suas primeiras obras, incluindo o “O Sol Nasce Sempre” (1926). O café ficava apenas a uma rua de distância do seu apartamento, na Rue Notre-Dame des Champs, 113. Era aqui que o jovem escritor americano lia e avaliava o trabalho dos seus amigos, tal como o manuscrito “O Grande Gatsby” (1925), de F. Scott Fitzgerald. Este grupo de artistas ficou conhecido como a ‘Geração Perdida’.

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La Closerie des Lilas créditos: Celette / CC BY-SA 4.0

Não se perca e vá até ao Café de Flore, aberto desde de 1880 em Saint-Germain-des-Prés, famoso por ter sido frequentado por importantes inteletuais e artistas ao longo de sua história, tais como Jean-Paul Sartre, Albert Camus ou Pablo Picasso. Desfrute das encantadoras ruas de paralelepípedos deste bairro e descubra onde Benjamin Franklin e Voltaire tiveram acérrimos debates filosóficos entre amigos.

Perto da área de Odéon, encontre o lugar onde a editora Sylvia Beach abriu uma livraria chamada Shakespeare and Company, frequentada regularmente por personalidades como James Joyce, Paul Valéry e André Gide. Infelizmente, esta loja teve de ser fechada em 1940 devido à ocupação nazi. Em 1951, porém, George Whitman abriu uma livraria na rua da Bûcherie com o nome de Le Mistral, renomeada, anos mais tarde, Shakespeare and Company, em homenagem à loja de Sylvia Beach. Apesar de não ser o espaço original, o espírito dos seus antigos clientes regulares ainda permanece neste acolhedor ‘poço de literatura’, sentindo-se uma atmosfera de outros tempos.

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Livraria Shakespeare and Company créditos: Shadowgate/CC BY 2.0

Sente-se a ler um livro sem pensar no tempo a passar e não venha embora sem comprar alguma obra de recordação.

Bons argumentos de filmes também são apreciados pelos amantes de literatura e certamente terá ficado apaixonado pelo filme ‘Meia-noite em Paris’, de Woody Allen. Descubra o bairro Quartier Latin, no 5.º arrondissement, e os lugares favoritos de Hemingway e Joyce, que inspiraram o filme de 2011.

Até nas ruas se respira literatura

Se passear nas margens do famoso rio Sena, irá seguramente deparar-se com ’Les Bouquinistes’, que são nada mais do que quiosques tradicionais. Perca tempo a admirar as capas de livros, posters e revistas destes vendedores nas margens do Sena. É por eles que este rio é conhecido como o único no mundo que corre entre duas estantes de livros.

Visite o cemitério mais famoso do mundo

Oscar Wilde (1854-1900), Marcel Proust (1871-1922), Honoré de Balzac (1799-1850), Colette (1873-1954) ou Jean de La Fontaine (1621-1695) são alguns dos escritores sepultados neste que é considerado o cemitério mais famoso do mundo: o Cemitério do Père-Lachaise, situado no 20º arrondissement da cidade. Estas lendas da literatura descansam ao lado de artistas como Eugène Delacroix (1798-1863), Jim Morrison (1943-1971), Édith Piaf (1915-1963) ou Georges Méliès (1861-1938).

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Cemitério Père Lachaise

Paris Medieval

Apesar do estilo Haussman se destacar por entre as grandes avenidas de Paris, a arquitetura medieval, que ainda se mantém em alguns bairros, merece a mesma atenção. Observar a imponência da Conciergerie, antiga prisão da cidade, a beleza da Catedral de Notre-Dame e da Igreja de Sainte-Chapelle, e fazer uma caminhada a partir da Rue des Barres, em direção ao Bairro do Marais, onde encontramos ainda edifícios do século XV, é percorrer um caminho pela história da cidade, num presente muito vivo.

Aventure-se pela noite dentro em Paris

Não, não estamos a falar de bares e discotecas, mas sim de lugares turísticos que quase sempre estão lotados à luz do dia. Sabia que pode visitar o Museu do Louvre à noite? Em visitas guiadas, oiça a fascinante história do museu mais famoso do mundo, passando por algumas das mais incríveis obras de arte (mais de 36 mil) e não se esqueça de sorrir para a Mona Lisa.

Quer saber qual é o aspeto dos caminhos subterrâneos de Paris? Durante a noite, visite as Catacumbas e escute histórias de terror. A cada esquina descubra os ‘fantasmas de Paris’ e saiba mais sobre os Templários, a sangrenta Revolução Francesa e a execução de Maria Antonieta.

Museu do Louvre
Museu do Louvre
* Viagem sujeita a alterações, devido à política sanitária do país de destino
Terceira ida desde 55€