O Circuito Liberdade é composto por 15 instituições que desenvolvem diversas atividades como museus, planetário, centros de cultura e formação.
A grande maioria está na Praça da Liberdade e um desses prédios é o Palácio da Liberdade, a residência do Governador desde a inauguração de belo Horizonte em 1897.
Os outros edifícios que agora fazem parte do Circuito Liberdade funcionavam também como sedes de secretarias do governo e de Minas Gerais e de instituições administrativas ou de segurança.
Alguns edifícios são da altura da construção de Belo Horizonte e um deles, a Rainha da Sucata, destaca-se por ser recente (inicio da década de 90) e devido à arquitetura pós-modernista, com materiais regionais como o quartzito, ardósia, pedra-sabão e aço.
Na Rainha da Sucata funciona o Centro de Informação ao Visitante.
Todos os outros têm uma arquitetura clássica ou mais eclética com forte influência de Itália e de França.
A Praça da Liberdade fica num dos pontos mais altos da cidade quando foi construída e é circundada por quatro grandes avenidas. No centro está uma alameda de palmeiras em linha reta com o Palácio do Governador. Há ainda um coreto.
É um lugar aprazível com muita gente a passear ou a fazer exercício físico. O espaço é também aproveitado para exposições ao ar livre.
Para quem se interessa por conhecer a história e a diversidade cultural de Minas Gerais uma proposta é visitar o Memorial Minas Gerais Vale.
Fica num bonito edifício e relativamente faustoso, o que (ironicamente) se explica por ter sido a sede da Secretaria da Fazenda.
“Aqui tem a história do povo brasileiro”, disse-nos o “arte-educador” que nos acompanhou na visita. Para o diretor do Museu, “a história de Portugal está aqui toda” mas pretendem ir mais longe ao projetarem novos artistas de Minas Gerais.
É um museu onde o visitante descobre através de materiais multimédia várias facetas da cultura e da história do Brasil, como por exemplo a Inconfidência Mineira.
Muito próximo do Vale e também num edifício com influência francesa está o MM Gerdau, Museu das Minas e do Metal. Foi sede da Secretaria da Educação e é conhecido como o “Prédio Rosa”.
Além dos bonitos interiores a visita é interessante pela descoberta de forma lúdica como os metais e os minerais fazem parte do nosso dia a dia. Se visitar faça o teste da quantidade de metais e minerais que estão no seu organismo. Quase de certeza que vai ficar surpreendido.
Do outro lado da Praça, próximo do arte nova da Viação, está o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Tem seis andares e foi sede da Secretaria da Segurança Pública e mais tarde da Procuradoria Geral de Minas Gerais. Tem um pátio no interior com restaurantes e é também lugar de exposição.
Na altura da minha visita estava uma enorme instalação de Ibrahim Mahama que fazia parte da exposição Ex-África. É um edifício grande e tem uma grande e diversa oferta cultural em particular de arte contemporânea.
O universo temático da Casa Fiat de Cultura é muito semelhante ao do CCBB com a aposta em arte contemporânea.
Quando a visitei, destacava-se uma exposição de Paolo Grassino e de arte aborígene australiana. Uma das obras em destaque é o painel “Civilização Mineira” de Candido Portinari. A Casa Fiat fica numa rua perpendicular à Praça da Liberdade e está num prédio moderno.
Aqui encontra a lista de todas as instituições que fazem parte do Circuito Liberdade.
Ao passear na Praça não perca as Estátuas do Encontro Marcado alusivas a escritores de Minas Gerais. Estão mesmo em frente da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, um prédio de quatro andares da autoria de Óscar Niemeyer e inaugurado em 1961.
A obra de Niemeyer que mais se destaca fica no outro lado da Praça. É o Edifício Niemeyer e está classificado como património da cidade. É muito bonito, destaca-se claramente e a ondulação, alusiva às montanhas de Minas Gerais, tem um efeito único.
O estilo arquitetónico é um pouco diferente das principais marcas de Niemeyer em Belo Horizonte: a Pampulha e a Cidade Administrativa.
Uma outra sugestão, se quiser alargar um pouco o passeio é ir até ao Palácio das Artes e um pouco mais à frente ao Parque Municipal Américo Renné Giannetti.
É o maior parque da cidade e o mais antigo património ambiental e até é anterior à inauguração de Belo Horizonte. É muito procurado pelos locais para lazer nos jardins ou nos lagos. O espaço tem ainda um teatro.
Nas manhãs de Domingo (entre 07 e as 14h) o Parque é vizinho da Feira Hippie, a maior feira de artesanato da América Latina, na Av. Afonso Pena
A TAP tem voo direto para Belo Horizonte. A viagem foi a convite da SETUR e do Festival Fartura.
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