Ainda assim, é no andar nas ruas que está o encanto de Penang. A cidade é Património Mundial da Unesco, mais propriamente, a área de George Town, por onde fiquei dois dias. A área está repleta de casas da era colonial britânica, com o mesmo estilo arquitetónico que vemos na Europa, mas decadente. E é isso que dá o charme à cidade. Cada casinha que acompanha a estrada de alcatrão é um encanto. Seja pelas cores que exibe, pelos padrões desenhados nas fachadas, pelas portas e janelas de ar vintage que conferem um encanto especial na caminhada pelas ruas. Para mim esta foi a parte mais interessante de Penang. Fotografar as ruas e os inúmeros recantos da cidade de George Town super “instagramáveis”. Adoro a junção de cores e o aspeto velho que as fachadas das casas têm.

Penang também é conhecida pela sua street art que se espalha pela rua e anima os recantos desta cidade acolhedora de George Town. Mas, para além de andar nas ruas, que não é muito agradável devido ao calor extenuante que se faz por cá sentir, Penang tem muitas outras coisas para oferecer, como praia e Parque Nacional. Confesso que não explorei muito mais do que área de George Town que é a mais turística da ilha.

Ainda assim, visitei o templo mais bonito que a ilha tem para oferecer: o templo budista Kek Lok Si. Este é um complexo composto por vários templos com detalhes diferentes e que vale muito a pena visitar. Explorar a área dos templos pode demorar a manhã toda, já que eles são vários.

Decidi ir de autocarro local, mas quase me arrependi pois 1 hora e 15 minutos depois o autocarro ainda não tinha passado. Já estava mesmo prestes a desistir, quando vejo um casal reformado de espanhóis que também estava com a mesma ideia. Não é que o meu espanhol seja bom, mas lá nos entendemos quando lhes expliquei quanto tempo já estava ali na paragem. Acordamos então dividir um carro Grab (espécie de Uber mas na Ásia). Foi então depois de ter chamado o carro que o autocarro apareceu. Se soubesse já o tinha feito há mais tempo. E foi assim que passei o dia todo com este casal de espanhóis bem simpático que também adora viajar. 

Depois de explorarmos o complexo de templos, que é lindíssimo e tem uma vista encantadora da ilha, decidimos ir ao Jardim Botânico de Penang. Aqui há macacos à solta, muitos. Diversas borboletas que dão cor à caminhada feita por trilhos no meio da floresta, e várias espécies de plantas e árvores que tornam este local um bom sítio para relaxar e estar em contacto com a natureza.

O auge desta visita foi a observação de uma espécie de macaco cujo o nome não sei, mas que ainda não tinha visto. São pretos e têm manchas brancas à volta dos olhos. São tão lindos! E estão ali livres a balançar entre árvores e a alimentar-se de forma silenciosa. Ficamos largos minutos a admirá-los, a tirar fotos e a ver como se comportam no seu habitat natural. “Não descem ao chão!” Proferiu um senhor que parou para os ver também. “São tímidos”, disse. Não são como os outros macacos comuns, que já é tão habitual ver pelo Sudeste Asiático. Esses de tímidos não têm nada e nem chego perto. Não se pode levar comida nem bebida à mostra pois eles atacam para roubar. Aliás, vi isto acontecer no parque, assim que entrou um grupo de jovens com sacas nas mãos.

Foi um dia bem preenchido e agradável. No dia seguinte, estou de partida para o Vietname onde vou explorar algumas partes do Norte e Centro. Mas isso fica de tema para próximas crónicas.

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