Castelo de Vide
A vila de Castelo de Vide, no Alto Alentejo, ainda preserva os vestígios de um bairro judeu no seu centro histórico. créditos: Ana C. Borges

Sou mais de pensar no futuro do que no passado, mas nas minhas viagens gosto de visitar bairros antigos. Presto atenção particular à arquitectura, sobretudo quando não está “maquilhada” pelas falsas reconstituições que tantas vezes alteram o carácter original dos lugares. Estes bairros são muitas vezes a linha que me conduz a conhecer um pouco da história de cada lugar, frequentemente a posteriori, e também frequentemente para tentar separar o trigo do joio, ou seja, o que é facto histórico verificado daquilo que é efabulação ou exagero para chamariz turístico.

Nos últimos anos, o acaso tem levado os meus passos até algumas antigas judiarias em cidades e vilas europeias, e tenho vindo a interessar-me progressivamente por estes bairros, que de uma forma geral mantêm algumas das suas características originais e terão sido menos adulterados pelos modismos da passagem dos séculos.

Nesta galeria, vamos explorar quatro exemplos de bairros judeus, entre os muitos que estão bem identificados em vários países da Europa: Hervás (Espanha), Bolonha (Itália), Budapeste (Hungria) e Castelo de Vide, em Portugal.

Como tudo o que envolve reconstituição histórica secular, há sempre alguma (por vezes bastante) controvérsia em torno destes bairros. Mas isso não lhes retira o encanto, nem afecta a minha capacidade de imperfeitamente imaginar como terá sido o dia-a-dia das pessoas que ali viveram ao longo dos tempos, e que outras histórias interessantes aquelas paredes contariam se pudessem falar.

Ana C. Borges é a autora do blogue Viajar porque sim, onde uma versão deste artigo foi publicada originalmente, e escreve segundo as normas do antigo Acordo Ortográfico.

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