A capital de Angola tem uma longa história. Uma história construída de venturas e desventuras e, se é verdade de que foi palco de uma guerra civil recente, não é menos verdade que o desenvolvimento de que foi alvo nos últimos anos faz com que a guerra vá ficando cada vez menos presente no dia a dia, tanto de residentes como de visitantes. A língua oficial e mais ouvida é o português. No entanto, existem outras línguas nacionais: as mais vulgarizadas são o quicongo, quimbundo, chocué, umbundo, mbunda e cuanhama.

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Ventos quentes — e de mudança!

Se há palavra que assenta de feição a Luanda, essa palavra é “descoberta”, transversal a tempo e espaço. Descobrir o território, o povo, os monumentos, a gastronomia... um apelo permanente aos sentidos. A importância do sorriso e da magia de conseguir dar luz até onde ela insiste manter-se apagada. O clima é tropical e húmido na faixa costeira a norte do rio Kwanza, o que significa que o verão é quente e húmido e o inverno ameno e seco. No planalto, as altitudes podem atingir mais de 2000 metros e as temperaturas podem descer abaixo dos 10 graus. A sul, há ainda áreas de clima mediterrânico ou mesmo desértico, como é o caso do Namibe. Não se pode dizer que o verão dure um ano inteiro, mas serão muitos os dias em que precisará de pouco mais do que uma t-shirt. E agora que sabe qual o dress code indicado para a ocasião, está tudo preparado para descobrir Angola e os seus segredos mais bem guardados.

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Museu das Forças Armadas | Fortaleza de São Miguel

A história deste museu remonta a 1575, ano em que Paulo Dias de Novais desembarca na qualidade de governador e mandou construir, em menos de nada, uma fortaleza para proteção da baía. De fortaleza a museu, é muito o material bélico que aqui se alberga, seja do pré ou pós-independência. Foi a primeira fortificação a ser construída em Luanda, ainda no séc. XVI, mas o seu traçado atual data do séc. XVII e das obras efectuadas no séc. XVIII, sobretudo pelo governador D. Francisco de Sousa Coutinho (1764-1772) que lhe deu um impulso determinante. A fortaleza de São Miguel foi a única fortificação africana onde se fundiram canhões para a sua defesa e, atualmente, constitui um dos ex-líbris da capital angolana. Hoje alberga o Museu das Forças Armadas e, por lá, pode testemunhar-se as guerras que, durante muitos anos, assombraram a cidade.

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Miradouro da Lua

A cerca de uma hora de Luanda, um local único e sinónimo de uma natureza que se impõe, tanto pela grandeza como pela originalidade. O Miradouro da Lua deve o seu nome devido à formação de falésias que permite uma vista deslumbrante sobre o mar de Angola. Ao pôr do sol, o impacto é ainda maior. É fácil transportar o cenário lunar para ali, graças às formações irregulares e muito áridas que parecem enormes crateras. Um mundo à parte, onde a natureza fala mais alto.

Parque Nacional da Quissama

Localizado 75 quilómetros a sul de Luanda, e delimitado pelos rios Kwanza e Longe, é o parque mais conhecido de Angola e caracteriza-se pelas várias paisagens que oferece. Aqui as savanas alternam com pastagens abertas num equilíbrio constante, onde a lei da selva fala mais alto. Depois de ter sido seriamente danificado durante os anos da guerra, tendo reduzido em muito os animais que dele faziam parte, o parque ganha nova vida, tanta é a biodiversidade com que nos brinda: elefantes, girafas, gnus, zebras, crocodilos, rinocerontes, hipopótamos, tartarugas marinhas, várias espécies de gazelas e macacos.

Também existem espécies mais raras, como anão-búfalo. O parque natural, fundado em 1957, viu em 2001 os elefantes do Botswana e da África do Sul  ganharem o protagonismo de outrora. Ao contrário do que acontece quando se trata de uma reserva privada, os animais que aqui vivem seguem livremente seu próprio caminho, por isso... só precisa seguir as pegadas!

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Ilha do Mussulo

Uma ilha que é visita obrigatória para quem não consegue resistir aos apelos do mar. A península com cerca de 30 quilómetros de extensão, a sul de Luanda, localiza-se ao lado do Oceano Atlântico, um verdadeiro paraíso para a prática do surf. Quem está de frente para a lagoa, pode desfrutar das suas águas calmas como uma alternativa ao mar: restaurantes, bares e várias atividades de lazer. A pequena ilha principal pode ser alcançada em poucos minutos de barco e será sempre uma óptima opção: seja para relaxar em família, para viver uma experiência romântica com a cara-metade ou um programa mais aventureiro com os amigos, por exemplo um quad. A promessa de peixe recém-pescado e a brisa fresca à sombra de coqueiros e palmeiras... são um sonho que merece ser vivido de olhos bem abertos.

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Memorial Agostinho Neto

Uma homenagem ao primeiro presidente de Angola, um memorial que, tal como todos os outros, é um agradecimento e um reconhecimento ao legado que deixou aos seus compatriotas. António Agostinho Neto nasceu a 17 de setembro de 1922, em Caxicane, a 60 quilómetros de Luanda, e cedo veio a destacar-se na condução dos destinos de África, em geral, e Angola, em particular. O lançamento da primeira pedra foi a 17 de setembro de 1982, mas a guerra que Angola enfrentou até à década de 90 obrigou a que as obras ficassem suspensas. Em 1998, o projeto foi reformulado e, finalmente, as obras puderam recomeçar em janeiro de 2005, tendo sido concluídas em janeiro de 2011. Agostinho Neto foi líder da luta de libertação, estadista, homem de cultura e humanista, tido consensualmente como uma das figuras mais influentes do século XX. Os seus restos mortais repousam um bloco central com um sarcófago.

De destacar são ainda o museu, exposição, salas multiuso, biblioteca/videoteca, centro de documentação e muito mais. Na parte circundante do jardim frontal, coberto de relvado e coqueiros, pousam, frequentemente, mais de uma dezena de garças. Ao meio, um elefante de pedra cinzenta que se impõe, como sinal de respeito. Na praça, uma pérgula branca acompanha o “Içar da Bandeira” cuja mancha tricolor desfiada ao vento recorda a data de emancipação do povo angolano, as suas convicções, as suas lutas e as suas esperanças.

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