A história do monstro de Loch Ness é conhecida por todos e é regularmente reavivada por relatos de moradores e turistas que confirmam ter visto uma criatura não identificada, com um pescoço longo, a nadar nas águas deste lago.
O relato mais antigo remonta ao século VII, mas o monstro do lago Ness só se transformou numa sensação internacional em 1933, quando George Spicer e a sua esposa, que passeavam de carro pela região, avistaram uma enorme criatura preta de pescoço comprido a atravessar a estrada e a entrar na água. A notícia foi publicada por um jornal Londrino e a criatura ficou conhecida como “Nessie”. Nome que mantém até hoje.
Algumas pessoas acreditam que Nessie é um plesiossauro, uma espécie de dinossauro que sobreviveu aos tempos modernos por viver isolado do mar em Loch Ness. Uma teoria recente defende que o "monstro" é apenas uma enguia gigante.
As fotos que supostamente comprovavam a existência de Nessie foram forjadas (isto já está provado). Mas o monstro do lago Ness poderia ainda assim ser real? Um animal pré-histórico poderia morar no lago sem nunca ter sido descoberto durante todo este tempo? Analisando os factos diria que é muito, mas muito difícil, mas não completamente impossível (mas eu sempre tive uma imaginação fértil para estes assuntos).
Segundo me disseram o Loch Ness tem uma área de 56km, o seu ponto mais profundo tem 230 metros e o lago possui mais água do que todos os outros lagos da Inglaterra, Escócia e País de Gales juntos.
Também está cheio de turfa, uma espécie de vegetação comum nas Terras Altas da Escócia que deixa a água incrivelmente escura e com pouca visibilidade. Por isso suponho que ainda poderia existir uma espécie não descoberta, escondida neste lago… mas considerando que já foi tão pesquisado e por entidades tão conhecidas como a Oxford University, o MIT, o Discovery Channel, New York Times, BBC, etc. é difícil de acreditar.
Mas, independentemente do "monstro", um passeio de barco pelo lago vale a pena. A paisagem é maravilhosa e durante o cruzeiro podemos aprender alguns factos e histórias sobre a região e sobre o mito de Nessie.
Existem várias empresas que partem de diferentes pontos do Loch, mas Fort Augustus é o principal porto. É daqui que saem os barcos do Cruise Loch Ness que oferecem todo o conforto e imagens de sonar ao vivo das profundezas do lago. A empresa oferece também barcos que percorrem o Loch a alta velocidade para quem gosta de emoções fortes.
Um passeio pela margem do Canal Caledonian permite observar toda a extensão do Loch Ness e ver pessoas e barcos a passar e até fotografar alguns patos que por ali vivem.
Junto à ponte sobre o Canal Caledonian, encontramos o Iceberg Glass, uma oficina e loja de vidros. O seu exterior simples esconde obras de arte impressionantes e, se tivermos a sorte de lá estar na hora certa, podemos assistir um dos funcionários da loja a criar novas peças bem na nossa frente.
O Caledonian Canal Center deve ser visitado por quem procura mais informações sobre o Loch Ness e funciona igualmente como um Airbnb onde podemos reservar quarto. Um agradável café e uma loja de souvenirs cheia de produtos locais completam o espaço.
O Clansman Center é outro lugar nas margens do Canal Caledonian que merece uma visita. É dedicado aos clãs escoceses do século XVII e reproduz o interior de uma típica casa de Highland. Qualquer fã de Outlander, vai adorar.
Outros destaques da região são os faróis (considerados os mais pequenos do Reino Unido) e o Castelo de Urquhart que fica empoleirado nas margens do Lago Ness e tem uma história dramática que inclui a sua invasão por Edward I.
Fort Augustus é uma excelente base para quem deseja aproveitar a abundância de atividades disponíveis nas Terras Altas da Escócia. Caminhar, andar de bicicleta, praticar caiaque e canoagem, fazer rafting, vela, rapel, andar a cavalo… Tudo isto é possível a poucos passos de Fort Augustus. Consultem os sites dos operadores turísticos Monster Activities ou Great Glen Adventures para mais informações.
The Brasserie do The Lovat Hotel é um dos melhores lugares para para comer em Fort Augustus. Tem um ambiente acolhedor e serve produtos de qualidade, confecionados de forma a serem uma felicidade para os olhos e para o paladar.
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Artigo originalmente publicado no blogue The Travellight World
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