Em Copenhaga é impossível não respirar o famoso ‘hygge’ que, simplificando, se poderá traduzir pela arte dinamarquesa de apreciar os pequenos prazeres da vida. Combinação perfeita de tradições reais, arquitetura contemporânea e sustentabilidade, a capital da Dinamarca é mesmo presença assídua nas tabelas das melhores cidades para viver. Mesmo que não pense mudar-se para lá, vale a pena visitar este pequeno paraíso escandinavo.
A irresistível Pequena Sereia
Há duas coisas ‘obrigatórias’ numa estada em Copenhaga: o tour de barco nos canais e fazer pelo menos uma foto da Pequena Sereia. O primeiro começa no porto de Nyhayn, também ele muito fotogénico com as suas casas de cores diversas. Antes de embarcar, aproveite para desfrutar desta zona e beber algo numa das esplanadas que rodeiam o canal. Já o sucesso da estátua continua um mistério, mas o certo é que esta se tornou no símbolo da cidade e estará certamente entre os monumentos mais fotografados do Planeta. Inspirada no conto de Hans Christian-Andersen, a Pequena Sereia já fez cem anos e foi oferecida a Copenhaga pelo cervejeiro Carl Jacobsen. Já agora acrescente à lista de rituais a troca da Guarda Real no Palácio de Amalienborg. A Guarda deixa o Castelo de Rosenborg às 11h30 e chega ao Palácio ao meio-dia, hora a que decorre a cerimónia. Uma curiosidade: o número de guardas e o acompanhamento musical depende de quem estiver na altura a residir no palácio.
Da vida alternativa ao parque de diversões
Uma cidade dentro da cidade, assim se pode descrever Christiania. Também conhecida como Freetown (cidade livre), esta comunidade foi criada em 1971 e é constituída por cerca de mil artistas, músicos, hippies e outros adeptos de uma vida alternativa que ocuparam na altura um terreno abandonado pelos militares. Apesar de se encontrar em território dinamarquês, Christiania rege-se pelas suas próprias leis e nem sequer faz parte da União Europeia. Com restaurantes e lojas de souvenires, esta ‘nação’ à parte é visitada todos os anos por meio milhão de turistas.
Depois de conhecer a vida alternativa de alguns dinamarqueses, embarque no mundo de fantasia dos Jardins do Tivoli, o segundo parque temático mais antigo do mundo, perdendo apenas para o também dinamarquês Dyrehavsbakken. Localizado mesmo em frente à estação central de comboios, o Tivoli (como também é chamado) nasceu em 1843 e diz-se que Walt Disney se inspirou nele para criar a Disneylândia. O parque tem tudo para agradar a toda a família, de edifícios que reproduzem edifícios de todo o mundo, como um pagode ou um palácio árabe, a vertiginosas montanhas-russas. O espaço oferece ainda espetáculos diversos, entre os quais um festival rock com bandas nacionais todas as sextas-feiras.
Estrelas no céu e no museu
Chamam-lhe Torre Redonda e é um dos mais antigos observatórios ainda em funcionamento na Europa. Construído em meados do século XVII, altura em que a Dinamarca se notabilizou no estudo da astronomia, é hoje espaço de exposições e convida os visitantes a observarem as estrelas na companhia de um astrónomo em algumas sessões durante a semana. Se tiver coragem e muito fôlego, vale a pena subir ao topo da torre para uma vista magnífica da cidade. São ‘só’ 209 metros em espiral até ao destino. Estrelas também não faltam num dos mais famosos museus de Copenhaga, o do Design. Arne Jacobsen, Jacob Jensen e Kaare Klint são alguns dos criadores aqui representados. O último foi mesmo um dos arquitetos que remodelaram o antigo Hospital Frederiks, transformando-o neste museu na década de 1920.
À descoberta dos Vikings
Trinta minutos de comboio separam a capital de Roskilde, a capital Viking da Dinamarca e onde se encontra o museu dedicado a este povo. Aqui podem ser apreciados restos de alguns barcos de pesca e outros com que percorriam os mares nas suas conquistas. É ainda possível dar um passeio numa réplica dessas embarcações. Visitado o museu, vale a pena conhecer o centro histórico desta pequena cidade que já foi em tempos a capital da Dinamarca e que contava na Idade Média com dez mil habitantes. Entre as atrações, destacam-se a catedral e o Palácio do Bispo.
Sabores nórdicos
A cozinha dinamarquesa é simples, mas nem por isso insípida. Fusão de sabores escandinavos com franceses e alemães, oferece algumas iguarias que não devem escapar a uma passagem por Copenhaga. Uma delas é o almoço típico dos locais: o Smørrebrød. Trata-se de uma sanduíche aberta, normalmente de pão integral, untada com manteiga e acompanhada com salmão fumado, carne, ovos cozidos e picles, existindo, porém, dezenas de versões com outros ingredientes. Se gosta de peixe, prepare o palato para o arenque. O rei dos mares da Dinamarca está em todos os menus e preparado das mais diversas formas: fumado, guisado ou marinado com vinagre são apenas algumas. Quanto a street food, e mantendo a boa tradição nórdica, o destaque vai para as almôndegas. Conhecidas como Frikadeller, são recheadas com porco ou peixe e acompanhadas com molho de batata e picles. Tão famoso é o cachorro-quente vermelho que, como o nome indica, leva salsicha vermelha. Para além de delicioso é também muito em conta. Para sobremesa, apresentamos o Wienerbrød, uma massa folhada em forma de espiral com canela e chocolate que é o doce mais típico da cidade.
De uma cidade alternativa a sabores surpreendentes, passando pelo legado dos Vikings, Copenhaga tem tudo para umas férias inesquecíveis. Reserve já o seu voo com a TAP e descubra a capital do país onde reina a felicidade.
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