Na origem do nome Colômbia está, segundo uns, “pomba branca” e, de acordo com outros, Cristóvão Colombo. A Colômbia é um país ainda pouco conhecido em Portugal e infelizmente muito associado a tráfico de droga, forças militares e criminalidade. Mas não são mais do que ideias pré-concebidas que ainda sobrevivem graças a um grande desconhecimento do desenvolvimento que este país tem vindo a viver.

Quem visita a Colômbia surpreende-se com um bom nível de vida e gente feliz. Um destino onde é fácil fazer amigos e onde a curiosidade sobre o nosso país é enorme. Não se surpreenda se de repente for abordado na rua só para lhe dizerem que é linda - retribua com um grande sorriso. As pessoas são mesmo assim, espontâneas e simpáticas, sempre a sorrir e a namorar com a máquina fotográfica.

Vale a pena descobrir este país. A Colômbia é banhada pelo oceano Atlântico e pelo oceano Pacífico e a norte pelo mar do Caribe. Faz fronteira com o Panamá, a Venezuela, o Brasil, o Perú e o Equador.

Exportam em primeiro lugar petróleo e logo seguido do carvão. São ainda grandes produtores de ouro, esmeraldas e flores, e são os primeiros produtores mundiais de café suave.

Aliás, alguns dados históricos indicam que foram os jesuítas que levaram o grão do café para a “Nueva Granada” em 1730. Desde 1835 que se começou a cultivar o grão do café na Colômbia sendo que durante o século XX foi um dos principais produtos da atividade comercial colombiana.

Antes de iniciar a viagem, há que ter em consideração a diferença horária de seis horas, que juntamente com a altitude de Bogotá - que fica a 2600 metros - pode provocar alguma indisposição. Contudo, passa ao fim de um ou dois dias.

Colômbia
créditos: Teresa Leal| Canela e hortelã

“Dogotá”

Um pouco por graça diz-se que Bogotá é sinónimo de Dogotá. Dando uma volta pela cidade entende-se rapidamente porquê. Os cães são animais estimados por todos e acompanham os donos em todas as atividades de lazer. Sempre com trela, a pé, a fazer jogging ou mesmo a andar de bicicleta são companhia indispensável do dia-a-dia.

É fácil orientarmo-nos na cidade pois o sistema de ruas é alfanumérico dividindo-se em calles e carreteras. Quanto ao clima a temperatura média ronda os 16 ºC tendo pouca variação térmica ao longo do ano, no entanto, leve uma capa para a chuva pois a proximidade da serra pode trazer uns borrifos de água até á cidade.

Embora os melhores hotéis estejam situados na zona dos bairros residências chiques e das multinacionais, vale a pena conhecer o espaço B.O.G Hotel, situado na Carrera 11. Este hotel foi decorado pela arquiteta madeirense Nini Andrade. Um apelo aos sentidos onde predominam os tons quentes e escuros, um espaço sofisticado pouco indicado para famílias com crianças, mas que vale a pena ver.

E por falar em arquitetura, há que destacar os tijolos que ornamentam as casas e pintam a cidade de vermelho.

Colômbia
créditos: Teresa Leal| Canela e Hortelã

Quem vai a Bogotá tem de conhecer o Museu do Ouro, onde ficará a conhecer a história da invasão espanhola e da fundação do país. O museu possui uma das maiores coleções de objetos pré-hispânicos do mundo.

Outro museu a não perder é o Museu Botero. Aqui estão expostas 208 obras do famoso artista colombiano Fernando Botero, que retrata as formas humanas com um volume exagerado, daí serem conhecidas como as “gorditas”.

Daqui ao centro histórico e boémio, a La Candelaria é um instante. Não se pode deixar de conhecer as ruas com as suas janelas coloniais de madeira, as casas de cores fortes, a arte urbana dos graffitis conjugada com a história das paredes antigas. Vale a pena perder-se a pé pelas ruelas, visitando pequenos cafés, lojas de souvenirs ou comprando artesanato na rua aos vendedores locais. Aqui dominam as cores vibrantes e sente-se viva a história em cada detalhe.

Mas é também aqui que é possível encontrar um painel de azulejo português oferecido pelo governo português ao governo colombiano. É um prazer imenso, de repente, sem se estar à espera, encontrar um pouco da nossa história mesclada com a história deste povo fascinante.

Não se pode deixar a cidade sem conhecer a catedral o Sal. Apenas a cerca de 50 kms da cidade, no interior de uma antiga mina de sal, fica a Catedral subterrânea de Zipaquirá. Dentro do templo construído em 1995 é possível acompanhar a Via Sacra, conhecer a grande cruz, a Cúpula, apreciar estátuas religiosas e sentir uma mística muito especial, uma experiência que vale a pena viver. 

Cartagena da Índias e a magia dos piratas

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créditos: Teresa Leal| Canela e Hortelã

A pouco mais de uma hora de avião fica Cartagena das Índias. O avião aterra, abre a porta e quase por magia sentimos aquele calor tropical. Antecipa-se a excitação do verão quando saímos diretamente na pista e sentimos o ar tropical a engolir-nos. É nessa altura que agradecemos o sol, que nos faz derreter, e, ao mesmo tempo, desesperar por um banho de mar.

As expetativas estão ao máximo e Cartagena corresponde. O clima é quente todo o ano, sendo verão a época seca que vai de dezembro a abril e o inverno a época das chuvas. A população é hoje em dia uma mistura de brancos espanhóis com índios e negros que vieram de África. A simpatia e a alegria mantêm-se viva por aqui. Nem poderia ser de outra maneira uma vez que cerca de 40% da população local vive do turismo.

Cartagena era o local onde os espanhóis guardavam o ouro que iam enviar para a Europa, por isso, era também muito cobiçada pelos piratas.

Fundada em 1533 por D. Pedro de Herédia e declarada Património Histórico pela Unesco em 1984, a cidade histórica é composta por duas partes, Bocagrande, parte moderna a fazer lembrar Miami e a cidade velha que mantém viva todas as tradições e onde ainda se respira um pouco do ambiente que os barcos dos piratas deixaram no local.

A pé ou de charrete, a qualquer hora do dia ou da noite, a cidade velha vibra de vida, plena de restaurantes, espaços comerciais, sorveterias e esplanadas.

A noite convida a sair e conhecer todos os recantos da cidade.

Existem duas opções diferentes para ficar em Cartagena, em Bocagrande, zona mais moderna, as grandes cadeias internacionais de hotéis com uma oferta de muita qualidade e na cidade velha pequenos boutique hotéis cheios de charme e personalidade.

Ilha Mucurá onde a natureza é a rainha

Colombia
créditos: Teresa Leal

Saindo de Cartagena de lancha, e a pouco mais de uma hora, é possível encontrar uma grande variedade de ilhas a explorar. Desde as Islas del Rosario, ótimas para passar um dia de praia e regressar ao final o dia a Cartagena, até outros locais com unidades hoteleiras diversas onde se pode esquecer o mundo e reaprender a viver em contacto com a natureza.

A Ilha Mucurá possui um eco-resort, rede wi-fi mas dificilmente apanha rede no telemóvel.

Os quartos não têm chave e para se ocupar nada melhor do que andar de bicicleta, passear de lancha, caminhar ou fazer um pouco de yoga dentro de água. E não se preocupe porque a temperatura na ilha ronda sempre os 26ºC sem grande variação térmica ao longo do dia e a água ronda os 24ºC.

A atividade mais radical para fazer por aqui é um curso de mergulho para ver os peixes tropicais.

E apesar de toda esta tranquilidade na hora de regressar à civilização fica uma saudade imensa em que ainda não fomos e já queremos tanto voltar.

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